Apesar do cenário de crise sanitária e econômica no Brasil, a indústria da
construção segue registrando resultados positivos em seu mercado de trabalho
formal, gerando emprego e renda em todo o País. Em fevereiro, o setor gerou
43.469 novos empregos, resultado da diferença de 164.598 admissões e 121.129
demissões. Os dados são do Novo Caged, divulgados nesta terça-feira (30/03)
pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da
Economia.

O total de novas vagas geradas pela Construção em fevereiro é o maior desde
setembro/2020, quando o saldo líquido (admissões menos demissões) totalizou
45.866 novos empregos. Considerando o resultado dos últimos 12 meses
(março/2020-fevereiro/2021), a construção civil criou 133.887 novas vagas
(na série com ajustes).

Segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a análise dos dados do Caged e do novo
Caged demonstra que o resultado de fevereiro/2021 foi o melhor para o mês
desde o início da série histórica, em 1992, ou seja, dos últimos 30 anos.

Até então, o melhor resultado do setor para este mês foi observado em
fevereiro/2010 (34.735 vagas na série do Caged). O número de trabalhadores
com carteira assinada na construção passou de 2.227.002 em fevereiro/2020,
para 2.360.889 em fevereiro/2021, o que correspondeu a uma elevação de
6,01%.

Em sua avalição, no entanto, a construção ainda enfrenta alguns desafios no
ambiente macroeconômico e no seu processo produtivo. Destaques para:

• agravamento da crise de saúde pública provocada pela pandemia,
mais devastadora do que a observada no ano passado

• processo de vacinação ainda em ritmo lento para conter o avanço
da Covid-19

• preocupação com as novas variantes da doença

• inflação persistente

• instabilidade política

• demora no avanço das reformas estruturantes (administrativa e
tributária)

• aumento das incertezas

• desabastecimento de insumos básicos observado desde o início do
segundo semestre de 2020

• aumento de custos com materiais.

Veja a
<https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2021/03/informativo-economico-caged-
30-de-marcio-2021.pdf> íntegra da análise no Informativo Econômico do Banco
de Dados da CBIC.