Trocar as ruas pelos céus está cada vez mais no gosto do brasileiro. Até outubro de 2015, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) contabilizou 2.191 helicópteros em todo o país. A cidade de São Paulo, por exemplo, concentra a maior frota de helicópteros do mundo, com mais de 400 aeronaves registradas. Para se ter uma ideia, o Paraná possui a mesma frota que Nova Iorque: 120 helicópteros.

De olho nesse mercado, quase um terço do total de pilotos de helicópteros do Brasil se formaram em 2015. O país tem pouco mais de 2 mil pilotos, atualmente. Para fazer parte deste mercado em ascensão, o caminho é bastante prático e curto. Com um curso de apenas 3 anos, que inclui aulas teóricas e práticas, é possível se tornar piloto de helicópteros de pequeno, médio e grande portes. Para Fábio Augusto Jacob, coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Pilotagem Profissional de Helicópteros do Centro Tecnológico Positivo, este é um mercado ainda pouco explorado e que tem muito potencial. “O número de helicópteros no Brasil cresce exponencialmente e esse é um veículo que tem diversos usos ainda pouco explorados. Com isso, será preciso um número muito maior de pilotos certificados”, analisa ele.

A média salarial dos futuros pilotos é bastante atrativa, começando em torno de R$ 2.950,00, com a possibilidade de chegar até R$ 11 mil mensais, com base em experiência e horas de voo. Para Marcelo Graciotti, presidente da Abraphe, a falta de informação e de profissionalização sempre foi a maior barreira do setor de aviação de hélices rotativas. “Quanto mais difundirmos a área e profissionalizarmos o setor, melhor será para o mercado”, avalia Graciotti.