Confiança do consumidor avança no início do ano, aponta FGV.

A confiança do consumidor abriu o ano em alta. O Índice de Confiança do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas, atingiu 67,9 pontos em janeiro, o que representa alta de 2,5 pontos frente a dezembro. O aumento ocorre depois de uma queda de dois pontos em dezembro, em relação a novembro. Este é o maior patamar desde agosto de 2015, quando foi de 70,1 pontos.

Segundo a Fundação Getulio Vargas, a confiança do consumidor parou de cair em setembro, sugerindo uma melhora do cenário, mas a trajetória ainda apresenta algumas oscilações e não é possível confirmar uma mudança de tendência.

“A boa notícia é que a confiança do consumidor parou de cair em setembro passado e vem ensaiando alguma melhora, embora com oscilações e na dependência de um quadro político e econômico instável”, afirmou, em nota, a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.

No indicador, o que se vê, segundo Viviane, são “avaliações ainda muito desfavoráveis sobre a situação presente da economia e expectativas bastante pessimistas em relação aos próximos meses”.

“Ainda é cedo para se falar em reversão consistente de tendência”, ressaltou Viviane.

Depois de oito meses seguidos de queda, o índice de situação atual subiu 1,1 ponto, para 66,5 pontos. No mês de dezembro, o indicador atingiu o menor nível da série histórica da pesquisa. Já o índice de expectativas — que considera o que se espera para os próximos meses — aumentou em 3,4 pontos, para 70 pontos, o maior nível desde agosto do ano passado.

Segundo a FGV, grande parte do avanço da confiança do consumidor em janeiro foi puxada pelo avanço dos indicadores que medem o grau de satisfação dos consumidores com a situação financeira da família e o ímpeto de compras de bens duráveis. Também foram esses os itens que mais influenciaram negativamente na evolução do índice em dezembro.

A satisfação sobre a situação financeira atual da família no momento subiu 3,4 pontos, de 60,7 para 64,1 pontos, após oito meses de quedas seguidas e atingir menor nível da série em dezembro. Com relação às perspectivas futuras, o indicador que mede o ímpeto de compras avançou 7,7 pontos, compensando a queda nos dois últimos meses, que foi de 6,8 pontos percentuais. (O Globo)