UBE participou da Rio Oil & Gas com muitas novidades para o setor

Entre as tecnologias inovadoras foram apresentadas membranas para geração de nitrogênio e separação de CO2/CH4 para tratamento de gás natural e upgrade de biogás.

 

A UBE, fabricante de membranas de separação de gases, participou da 20a edição da Rio Oil & Gas entre os dias 01 e 03 de dezembro, organizada pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) e que este ano foi 100% digital.

 

A empresa apresentou a linha de membranas de alta performance, específica para o mercado de geração de nitrogênio. “Trata-se de uma tecnologia exclusiva da UBE que utiliza fibra oca de poliimida para, entre outras aplicações, separar as moléculas de oxigênio (O2) do nitrogênio (N2), transformando o ar comprimido em nitrogênio de alta pureza, podendo chegar a até 99,9%.”, explica Paula Perfeito, especialista de Desenvolvimento de Negócios da UBE Latin America.

 

Com este grau de pureza, o nitrogênio pode ser usado em diversas aplicações, inclusive onde for necessária atmosfera inerte. Na América Latina, a principal aplicação é justamente no mercado de óleo e gás, mas no resto do mundo outras aplicações já estão difundidas como indústria marítima, de transporte, de químicos e refinarias.

 

Outra vantagem da membrana da UBE é a resistência térmica (até 80 graus Celsius) e a altíssima resistência química e mecânica pela nobreza da poliimida utilizada na fabricação das fibras ocas. Os módulos padrão de separação de oxigênio e nitrogênio conseguem operar com uma pressão de até 14 bar; no caso do módulo especial é possível trabalhar com pressão de até 24 bar. Ou seja, a excelente resistência mecânica, a alta permeabilidade (alto fluxo) e a excelente seletividade (alta recuperação) tornam a tecnologia da UBE muito competitiva.

 

Também chama a atenção o tempo de start-up do equipamento: de quando é ligado até gerar o nitrogênio são gastos entre 5 e 10 minutos. O scale-up também é muito fácil já que as membranas possuem configuração modular; basta aumentar o número de módulos em paralelo, para aumentar a capacidade do sistema.

 

Tecnologia contribui para tratamento do gás natural e upgrade de biogás em biometano

 

Como explica Paula Perfeito, “esta é uma tecnologia exclusiva da UBE que utiliza fibra oca de poliimida para, separar as moléculas de dióxido de carbono (CO2) do metano (CH4), transformando o biogás em biometano. Este tipo de separação também é utilizada para o tratamento de gás natural no pré-sal”.

 

Entre as principais características destas soluções, Paula destaca o baixo gasto energético; a existência de poucas partes móveis no equipamento (baixo custo de manutenção e de operação); fácil instalação; e tamanho reduzido do equipamento em comparação a outras tecnologias como a PSA (pressure swing adsorption) que possibilita um fácil deslocamento do equipamento. “Além disso, nenhum tipo de passivo ambiental é gerado neste tipo de processo, reduzindo o CAPEX do projeto e fazendo desta uma tecnologia altamente eco-friendly”, conclui.

 

Outra vantagem do material da UBE é a alta resistência química ao H2S, que permite o trabalho com concentrações de até 3% (v/v%), na corrente de biogás, sem causar danos às fibras. As membranas da UBE possibilitam ainda a separação parcial do gás (H2S) da corrente final de biometano.