O fato é que os painéis solares, além de gerar energia sustentável, têm a vantagem de dar mais autonomia para o dono, que não precisa mais depender da rede de distribuição elétrica para abastecer sua casa. A questão é que em dias ensolarados os painéis podem gerar mais energia do que a casa precisa.

Em Nova York, uma experiência vem acontecendo no bairro do Brooklyn. Lá, o projeto TransActive Grid permite que cinco casas com painéis solares comercializem seu excedente de energia para outros cinco vizinhos de forma totalmente autônoma, sem ter que passar por nenhuma empresa intermediária. Tudo começa na rede de energia. Normalmente, as casas abastecidas por painéis solares estão conectadas à empresa local de energia. Quando sobra eletricidade, esse excedente volta para rede e o dono da casa ganha um desconto na conta de luz.

O que o TransActive Grid faz é instalar sensores que calculam exatamente quanta energia extra está sendo produzida e impede que ela volte para o sistema geral, ficando na minirrede que os vizinhos dividem. Por meio de uma interface virtual os excedentes em créditos de energia podem ser comprados pelos vizinhos usando uma moeda virtual. As transações funcionam da mesma forma que o bitcoin – são baseadas em blockchain, um tipo de livro de registros virtual à prova de fraudes. O Brooklyn Microgrid tem potencial para crescer bastante – segundo o mapa do projeto, há mais de 20 casas com painéis solares no bairro. A prefeitura de Nova York apoia o projeto, porque um dos objetivos é que as casas se tornem menos dependentes da rede central e tenham alternativas em casos de apagão.

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