Com recém-completados 75 anos de atuação e reconhecida pela produção de alguns dos sistemas de ensaios de materiais mais precisos, responsivos e seguros do mundo, a Instron acaba de lançar a nova série 3400 para a comercialização em toda a América do Sul.
“Lançamos, no Brasil, uma nova linha de máquinas para ensaios estáticos, a série 3400”, anunciou Leonardo Chiaretto, gerente geral da Instron Brasil. Essa nova série foi idealizada com três premissas básicas: ser mais simples para o operador no laboratório, oferecer uma segurança maior tanto para o operador como para o próprio equipamento e disponibilizar uma interação muito mais inteligente.
Marcio Barbosa, engenheiro especialista da empresa, destacou que a série 3400, agora 100% produzida na fábrica de São José dos Pinhais (PR), traz a mesma tecnologia das máquinas fabricadas na matriz nos Estados Unidos e entregues no mundo inteiro. “Um cliente que comprar uma máquina da série 3400 no Brasil receberá exatamente o mesmo equipamento que qualquer cliente que compre da Instron dos Estados Unidos, ou seja, todas as funcionalidades serão iguais”.
Essa nova linha de máquinas é disponibilizada em estruturas de única coluna e em modelos de mesa de coluna dupla. As máquinas de ensaios da série 3400 contam com capacidades de 1kN a 50kN nas suas versões standard. Alguns modelos oferecem estruturas com altura e/ou largura extras.
Segundo Chiaretto, na questão do funcionamento mais simples, essa nova série traz o software Bluehill Universal, com uma versão totalmente desenvolvida para plataforma touch-screen, que apresenta características que facilitam a vida do operador. Uma dessas características é o dashboard (painel operacional) com 21,5 polegadas e de grande durabilidade para que o operador possa trabalhar facilmente.
Ainda em se tratando do painel de operação, a nova série 3400 incorporou melhorias na ergonomia. O computador foi substituído pelo painel, que é provido de braço de montagem que permite, em primeiro lugar, montá-lo tanto do lado direito como do esquerdo, o que facilita a adequação da máquina de acordo com o layout do laboratório; e também propicia ajustes de altura, inclinação e angulação lateral. Em segundo lugar, oferece os posicionamentos tanto na vertical, como na horizontal e com giro, podendo ajustar ergonomicamente com a altura ou forma na qual o operador irá trabalhar. “Tem todos os graus de liberdade para deixar esse painel na melhor posição possível para o operador”, ressaltou o gerente geral. A Instron Brasil também informou que é possível manter o computador, caso o cliente deseje.
Ao se mencionar a maior segurança, essa tecnologia vai ao encontro das exigências da indústria brasileira. “Foram acrescentados alguns atributos como o Smart Close Air Kit, que consiste num kit de acionamento pneumático inteligente”, disse Chiaretto. Explicou que as máquinas da Instron podem trabalhar com garras pneumáticas, com fechamento por ação de ar comprimido. “Por esse motivo, sempre existe um risco do operador se machucar. Com o Smart Close Air Kit, o próprio software controla a pressão que está sendo enviada para a garra na máquina, não permitindo que o operador se machuque no momento da preparação do corpo de prova, ou seja, na montagem, quando está com as mãos no ambiente da máquina”. O gerente geral complementou que a máquina só liberará uma pressão maior quando entrar no modo de operação de ensaio e, nesse momento, o operador já estará afastado, minimizando qualquer chance de um acidente grave. “Isso é algo novo nessas máquinas e no mercado”, destacou. Esse e outros atributos da série 3400 permitem que, mesmo com mais itens de segurança, não haja nenhuma perda de rendimento. Ou seja, o operador não perde tempo para ter essa segurança extra
Outra questão de segurança é o Safety Coach, uma espécie de um assessor de segurança para o operador. Chiaretto explicou que o próprio software vai avisando o operador sobre quais passos que ele tem que seguir e quais são as precauções que ele deve ter naquele momento da operação da máquina. Isso pode ser visto através de avisos ou lembretes na tela do software e através de imagens que o operador pode inserir nesse processo.
No quesito de a máquina ser mais inteligente, a grande novidade é o que chamam de Collision Mitigation. Essa nova tecnologia permite que mesmo que a máquina desça na velocidade máxima e ocorra uma colisão, a máquina, detectando que a força está acima da capacidade do equipamento, irá parar e aliviar a carga por si só para não causar dano ao equipamento e seus acessórios, sem que haja interferência do operador.
Segundo Barbosa, o Collision Mitigation funciona como um freio. “Existe, no mercado, muita renovação de células de carga, que é o sensor que mede a força na máquina. Essa renovação acaba sendo necessária porque geralmente se emprega um esforço maior do que o sensor suporta”, explicou. Esse sistema fica monitorando a máquina e, se perceber a colisão, por exemplo, não deixa danificar a célula de carga. “Isso se for uma colisão não desejada”, ressaltou Chiaretto, uma vez que existem ensaios onde a colisão é programada.
Outra vantagem deste equipamento é o módulo do Quick Test. É utilizado quando se precisa fazer um ensaio mais simples e rápido, que não requer o ajuste de tantos parâmetros como, por exemplo, quando se quer saber unicamente a carga máxima. “Nesse caso, basta fazer o set-up das dimensões do corpo de prova e informar a velocidade. Em seguida, já é possível dar o comando para que a máquina realize o ensaio. Quando o ensaio é mais complexo, passa a ser necessário parametrizar várias outras características.”
O Quick Test é uma democratização do laboratório, uma vez que as máquinas de ensaio apresentam uma certa complexidade de trabalho. Geralmente, os profissionais que vão operar a máquina têm que receber um treinamento. Além disso, é comum que o laboratório tenha apenas dois ou três profissionais habilitados. Assim, o Quick Test é uma ferramenta que permite que qualquer pessoa, sem um treinamento muito aprofundado, faça um ensaio, bastando para isso selecionar três ou quatro parâmetros.
Outro destaque desta nova série são os “Ensaios Guiados”. Estes ensaios guiados permitem que o operador insira no software informações e instruções quando da realização do ensaio. “Considerando-se que grande parte dos ensaios é determinada por normas NBR ou ASTM, muitas vezes o operador precisa ter esses descritivos impressos ou em uma outra tela para que possa seguir. Nosso software permite que essas instruções sejam inseridas no procedimento do ensaio que ele está utilizando. Assim, passa a ter tudo na mesma tela. As informações vão aparecer no momento necessário, evitando que o operador tenha documentos paralelos impressos no momento do ensaio.”, explicou Chiaretto.
Barbosa complementa que o operador pode, também, inserir fotos. “Na máquina universal, por exemplo, é possível realizar um universo de ensaios, sendo necessário trocar os dispositivos. O ensaio guiado permite que se mostre como se deve montar esse dispositivo, ou seja, é um guia de como preparar um ensaio.”
Além de todas as características apresentadas acima, o especialista informou que um dos diferenciais em relação aos concorrentes nacionais é que as máquinas Instron são as únicas que permitem a inclusão de acessórios premium. Alguns exemplos disso são a possibilidade de se adicionar o vídeo extensômetro, para medir a deformação do material quando se faz o ensaio, e/ou as câmaras ambientais para baixa e alta temperaturas. “A Instron tem muitos acessórios premium para oferecer aos seus clientes, e a linha 3400 permite a utilização de todos eles”, destacou Barbosa.
Chiaretto informou que, como líder mundial em ensaios de materiais, a Instron conta com uma gama completa de equipamentos para a realização de ensaios, como por exemplo ensaios em fios de sutura cirúrgica, passando por toda a indústria de plástico, incluindo os compósitos, borracha, ensaios específicos para o mercado automotivo, entre vários outros. “Junto com essa extensa gama de produtos, a Instron oferece assistência técnica e outros serviços diferenciados. Sabemos que todas as máquinas têm que ser periodicamente calibradas a fim de se checar se estão gerando os resultados corretos.”
Assim, é necessário ter uma rede de assistência técnica e calibração em todo o mundo. No Brasil, a Instron conta com uma estrutura de, aproximadamente, 10 técnicos com bases fixas para atendimento no estado de São Paulo (capital e interior), Paraná (Curitiba/São José dos Pinhais), Rio Grande do Sul (Porto Alegre) e Minas Gerais (Belo Horizonte). “Com essa estrutura, oferecemos algumas facilidades aos nossos clientes que estão nessas praças como atendimento mais rápido”, informou o gerente geral. O laboratório da Instron que presta esse serviço de calibração é acreditado pelo Inmetro para todas as grandezas que precisam ser calibradas.
“Embora os anos de 2020/2021 tenham sido difíceis para a maioria das empresas, já visualizamos uma importante reação no nosso mercado e acreditamos que, com a diminuição das restrições e aceleração das vacinações, nossa indústria tenha totais condições de se recuperar e voltar aos patamares que tínhamos antes de toda essa situação. A Instron aproveitou todo esse período para desenvolver novas tecnologias para seus clientes e continua com novos desenvolvimentos, a fim de sempre oferecer soluções aos seus clientes”, finalizou Chiaretto.
Você sabia?
A Instron surgiu há 75 anos, quando dois pesquisados estavam analisando novos materiais para os paraquedas na Segunda Guerra Mundial e concluíram que não havia máquinas de ensaio com a precisão necessária. Assim, em 1946, fundaram a Instron, numa ação pioneira em máquinas de ensaios universais com o uso de células de carga de strain-gauge.
George Burr e Harold Hindman queriam entender por que o cordão rompia quando os paraquedistas saltavam. Desta necessidade, surgiu a primeira máquina de ensaio com célula de carga.