A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) participou, no dia 7 de dezembro, do evento que detalhou os principais resultados do projeto Multiâncoras da Moda, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS). O encontro, que reuniu âncoras (grandes empresas) e micro e pequenas empresas prestadoras de serviços, aconteceu na Casa Open, em Novo Hamburgo/RS.

Na oportunidade, a gestora do projeto, Carolina Rostirolla, destacou que a iniciativa vem cumprindo o seu objetivo, que é de qualificar micro e pequenas empresas prestadoras de serviços, tanto em processos produtivos quanto no incremento da competitividade por meio de certificações, adequações e normatizações. Segundo ela, no ano passado, a lucratividade média das empresas participantes foi de 8,14%, muito superior à média das não participantes, que ficou em 0,96%. “Sabemos que existe um caminho a ser percorrido para a qualificação cada vez maior de toda a cadeia produtiva, mas o resultado é prova de que o trabalho de consultoria vem trazendo resultados importantes”, disse.

Carolina ressaltou, ainda, que no próximo ano o projeto seguirá trabalhando com foco em processos e adequações. “Em 2023, vamos reforçar a parceria com a Abicalçados e com a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) para certificar o máximo de empresas no Origem Sustentável. Para a adequação das micro e pequenas empresas, vamos apoiá-las em consultorias para implementação e no processo de auditoria para o programa”, contou, acrescentando que a certificação é uma ferramenta de competitividade, pois além de melhorar a imagem das empresas no mercado, auxilia na organização e adequação de processos produtivos de acordo com os conceitos de ESG.

Na sequência, a coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck, apresentou as análises e projeções do setor calçadista. Segundo ela, no ano de 2022, puxado principalmente pelos resultados com as exportações, o setor deve crescer mais de 3% em produção, alcançando mais de 840 milhões de pares produzidos. Para 2023, segundo Priscila, a projeção é de um crescimento mais tímido, de 1,6%. “A inflação internacional e o retorno gradual da China ao mercado, após as restrições da Covid-19, devem ter impacto importante na performance”, projetou Priscila, acrescentando que, após crescer cerca de 14% em 2022, as exportações devem reduzir em 5,7% no próximo ano. “Aumentará o peso do mercado interno”, conclui.

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