Dados da Sondagem Indústria da Construção do último mês de junho, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revela que a indústria da construção segue operando com elevada ociosidade, após sucessivas quedas do nível de atividade e do número de empregados.

Entre os principais problemas apontados pelos empresários, a demanda interna insuficiente aparece em primeiro no ranking pelo quinto trimestre consecutivo. Em seguida encontram-se a elevada carga tributária e a inadimplência dos clientes. O índice de confiança do empresário da indústria da construção sinaliza falta de confiança dos empresários. O indicador caiu de 50,4 pontos em junho para 48,4 em julho.

Além disso, os indicadores de situação financeira apontam insatisfação dos empresários com a margem de lucro e com a situação financeira das empresas, embora em menor intensidade que a observada no primeiro trimestre. Para os próximos meses, os empresários estão pessimistas, com os indicadores de expectativa apontando queda do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, do número de empegados e de compras de insumo e matéria-prima. Os indicadores de nível de atividade e de número de empregados atingiram 42,8 e 41,8 pontos, respectivamente, apresentando queda de 1,3 e 0,9 ponto na comparação com maio. A sondagem foi realizada entre os dias 3 e 12 de julho, junto a 599 empresas, sendo 206 pequenas, 267 médias e 126 grandes.