A Pacto Energia, novo nome da Total Energia, recebeu subvenção de US$ 1 milhão da Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA, a USTDA, para realizar um projeto de sistema conjunto de armazenamento de energia e geração de energia solar fotovoltaica no estado de Goiás. A fabricante americana de baterias de armazenamento de energia ESS foi a escolhida para desenvolver o projeto, que envolve planejamento, instalação, comissionamento e testes gerais de um projeto piloto de usina solar com baterias de armazenamento.

De acordo com Rodrigo Pedroso, CEO da Pacto Energia, o projeto deve estar finalizado até o fim do ano e a construção da bateria, que será feita nos EUA, deve durar de quatro a cinco meses. A usina vai ter capacidade de armazenamento de 400 kWh, o volume ideal de armazenamento. “O primeiro passo é a construção da bateria, que vai ser desenvolvida em Portland, nos Estados Unidos, e já começa no próximo mês”, afirma.

Ainda de acordo com Pedroso, o cliente que vai receber o projeto ainda deverá ser definido pela Pacto Energia, mas ele já adianta que deverá estar na alta tensão e ter uma contratação semelhante à do armazenamento da bateria no horário de pico. “Um dos objetivos do projeto é conseguir chegar em um valor de bateria real para vender ao mercado no futuro”, avisa.  O projeto vai permitir que o cliente final elimine o uso de geradores a diesel, levando a benefícios de saúde, segurança e redução de ruído. A energia armazenada será utilizada durante os horários de pico, o que resultará em menores custos de energia. Além disso, as baterias também poderão auxiliar a lidar com a intermitência das fontes renováveis, que estão cada vez mais presentes na matriz brasileira.

O executivo conta que a aproximação entre a Pacto Energia e os americanos se deu pela vontade da empresa de sempre estar antenada com as novas vertentes tecnológicas de mercado, como Inteligência Artificial e Big Data. “Na área de GD temos olhado para fora da caixa, temos andado muito fora do Brasil”, comenta. A tecnologia dos equipamentos da ESS é do tipo Iron Flow, que tem duração de 20 anos, similar a dos sistemas fotovoltaicos e tem baixos impactos ambientais. A Easy Solar, empresa do grupo para sistema de Geração Distribuída, vai fazer a parte da usina solar.

Atualmente, em torno de 15 pessoas já participam do projeto. O diretor da USTDA, Thomas R. Hardy, se mostrou ansioso com a formação da parceria para ver os resultados positivos que virão deste projeto. Segundo ele, o sistema apoia as metas de energia renovável do Brasil e, ao mesmo tempo, cria novas oportunidades de negócios para a ESS. A fabricante desenvolve e fabrica bateria de fluxo de energia com baixo custo e longa duração para aplicações de armazenamento.