“Se o Brasil melhorar um pouquinho em 2019 e o PIB subir 2%, deve faltar máquina para locação no mercado”, previu Expedito Arena, sócio fundador da Casa do Construtor, em palestra no 6° Congresso Nacional de Valorização do Rental, promovido pela Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas), durante a M&T Expo 2018 – 10ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e Mineração, em São Paulo.
De acordo com Arena, o futuro aponta para a cultura do compartilhamento, o que vai ao encontro do que o setor de locação de equipamentos de construção propõe. Para ele, alguns fatores serão preponderantes para que as empresas possam avançar no país. Entre eles, citou o fortalecimento do cenário macroeconômico, a retomada do crédito além de um forte incentivo governamental que desburocratize as iniciativas dos empresários. Comparativamente ao mercado dos EUA, Arena demonstrou que há muito espaço para crescer. “O faturamento das empresas no Brasil corresponde a menos de 3% do que faturam os americanos. Estamos falando de um montante de apenas US$ 1,387 bilhões ante US$ 52 bi”, falou.
O Congresso Nacional de Valorização do Rental foi aberto pelo presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, Afonso Mamede, que lembrou a mudança de expectativas desde o meados deste ano. “As expectativas para 2019 são positivas e já vemos a aceleração das vendas de máquinas e equipamentos para o nosso segmento nesse final de ano”, revelou.
Reynaldo Fraiha, presidente da Analoc, também celebrou a realização da M&T Expo e do Congresso, destacando o apoio da entidade para a disseminação de dados e conhecimento para o mercado. “Acredito que podemos colaborar muito com a geração de informações sobre o setor e com a proximidade dos fabricantes de equipamentos”, afirmou, enfatizando que a feira tem importância fundamental não só para o mercado de locação de máquinas, para toda a cadeia envolvida na área de infraestrutura. “A feira permite interação com todo o mercado e ter acesso ao que de mais moderno em equipamentos temos a disposição. É um evento de muita importância no planejamento das empresas, pois possibilita um amplo network. Já os congressos disseminam informações valiosas ao mercado de equipamentos”, finalizou.
PPP é a saída para melhorar infraestrutura brasileira, sustenta advogado em palestra na M&T Expo
As Parcerias Público Privadas (PPPs) podem ser uma saída para viabilizar inúmeros projetos em áreas que exigem investimentos e administração. “Essa modalidade de investimentos é uma das soluções que os governos estão utilizando para deslanchar as áreas de saneamento, iluminação pública, rodovias, entre outras”, afirmou Renan Facchinatto, advogado e gestor jurídico do escritório Dal Pozzo, durante a palestra promovida na Arena de Conteúdo na M&T Expo 2018.
De acordo com o palestrante, uma das áreas bastante promissora para receber investimentos de PPPs, a de saneamento básico, já conta com 200 contratos. Dos 1400 contratos de PPPs, 199 são de iluminação pública, segundo dados da Radar Projetos. “Várias cidades brasileiras já estão usufruindo os benefícios das PPS na área de iluminação pública. Tenho um cliente que já opera a área de iluminação em uma cidade de 15 mil habitantes e que está muito satisfeito com o negócio”, revela o advogado.
Segundo Facchinatto, apesar de apresentar grandes oportunidades na área de PPPs, o Brasil ainda conta com uma jurisdição intrincada em termos de infraestrutura. “É um país marcado por excessiva jurisdição”, reconhece Facchinato. Mas com tantos setores necessitando de investimentos, o país representa um interessante polo de apostas em várias áreas. “Temos muitas oportunidades para se fazer PPPs no Brasil. Uma área que representa um grande filão é a coleta de resíduos e drenagem urbana, assim como os presídios, onde as PPPs entram para administrar a chamada hotelaria desses locais”, aponta Facchinato.
Congressista da M&T Expo dá receita para a boa saúde financeira de locadora de máquinas
“Registre tudo. Quem não registra, não controla. E porque não controla, também não gerencia”, ensinou o engenheiro Sérgio Palazzo, especializado na aplicação e operação de máquinas de construção de infraestruturas e representante do Brasil no Comitê Executivo da International Society for Trenchless Technology. A observação foi feita em palestra no 6° Congresso Nacional Valorização do Rental, promovido pela Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas), durante a M&T Expo 2018.
Segundo Palazzo, é fundamental monitorar e gerenciar de perto indicadores como tempo de pátio dos equipamentos, tempo e valor de utilização e o retorno do investimento. Para que o empresário do mercado de locação que tenha sua empresa “na UTI”, Palazzo disse ser indispensável manter a todo custo não só a saúde financeira, mas também seus relacionamentos, a reputação e a integridade.
Seis primeiros meses de governo serão decisivos para Bolsonaro, aponta economista na M&T Expo
O governo Jair Bolsonaro terá apenas seis meses para gerar uma nova realidade econômica no Brasil, definiu o jornalista e economista Luís Artur Nogueira, em palestra no Congresso da Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas), promovido durante a M&T Expo 2018.
“Estou otimista, mas não vamos nos iludir. A questão das finanças públicas é muito grave, e a economia pode não resistir somente por expectativas. Se Bolsonaro não entregar a retomada econômica, sua popularidade vai cair muito”, disse. Segundo ele, a palavra-chave para o novo presidente é governabilidade. Além disso, outro fator pode complicar a vida do novo governo: o cenário externo aponta para a intensificação da guerra comercial entre EUA e China. “Aquele mar de rosas acabou e, se a questão com a China e o populismo econômico de Trump provocarem uma elevação dos juros americanos, vamos quebrar a cara se não nos prepararmos do ponto-de-vista fiscal”, sentenciou. Para ele, o crescimento nacional depende muito de investimentos em infraestrutura.
Falta de dados dificulta prevenção de incêndio em edifícios, alerta engenheiro em palestra na M&T Expo
Em palestra proferida no Summit da M&T Expo 2018 – 10ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e Mineração, realizada em São Paulo, o engenheiro José Félix Drigo, da divisão técnica de engenharia de incêndio do Instituto de Engenharia de São Paulo, chamou a atenção para a falta de estatísticas confiáveis sobre incêndios em edifícios no Brasil. “Hoje, uma das lutas da área de engenharia é introduzir uma disciplina voltada a incêndio nas escolas de Engenharia”, observou.
O engenheiro chamou a atenção ainda para o fato de que os incêndios hoje envolvem materiais bem mais tóxicos, quando comparados com outras épocas em que o mobiliário de uma residência era formado basicamente por móveis de madeira. “Atualmente, temos muitos itens em HCN, cianeto de hidrogênio dentro de uma casa ou escritório. Um exemplo dos danos dessa substância foi a boate Kiss, cujo incêndio, em 2013, na cidade de Santa Maria, no RS, vitimou 242 pessoas”. Para se ter uma ideia do quanto é importante estar bem equipado para emergências, o incêndio do Memorial da América Latina de São Paulo, em 2013, afetou sete bombeiros, que receberam imediatamente, no hospital, o antídoto contra o HCN. Resultado: em uma semana eles tiveram alta. “O diferencial, nesse caso, é que o país se preparou para a Copa do Mundo. Então, essas vítimas se beneficiaram com essa precaução”, observa Drigo.