O Balanço Energético do Estado de São Paulo referente a 2017, publicado nesta terça-feira, 27 de novembro, pela Secretaria de Energia e Mineração mostra que a dependência de insumos energéticos externos é da ordem de 40,7%, cuja produção no Estado atingiu quase 60% do consumo. Nesse período São Paulo fortaleceu a produção dos diversos tipos de energéticos, o que colabora para a segurança do setor de energia estadual. Em 2008 a suficiência energética era de 41,3 milhões tonelada de óleo equivalente (toe), equivalente a 55,1%, passando para 44,8 milhões de toe em 2017.

A produção das energias renováveis que em 2016 representaram 60,8% do consumo, agora tiveram uma redução de 2,1%, passando de 45,9 mil toe para 44,9 mil toe.

“Apesar da oferta total de energia em 2017 manter-se estável, com 75,5 mil toe consumidos, houve considerável crescimento no consumo de energia elétrica  de 24,5% no setor residencial e de 35,6% no comércio, resultantes do aumento da atividade econômica paulista, que tem apresentado indicadores positivos consistentes.”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

Em 2017, enquanto a produção de energia elétrica no estado de São Paulo foi de 74,9 mil GWh, o consumo final atingiu 148,3 mil GWh, fazendo com que o estado importasse 73,4 mil GWh no período. Em termos comparativos, essa relação em 2008 era de 81,4 mil GWh de produção para um consumo de 135,4 GWh, ou seja, era obrigado a importar 54 mil GWh por ano.

Entre 2008 e 2017, a produção de gás natural no período avançou 17 vezes, o consumo de eletricidade apresentou um aumento de 9,5%, e a oferta de etanol cresceu 9,6%.

São Paulo x Brasil
Com o maior parque fabril da América Latina e mais de 45 milhões de habitantes, o Estado de São Paulo consumiu 27% de toda a energia utilizada no Brasil em 2017.

A participação do Estado no consumo nacional de derivados de petróleo ficou em 21,6%. Já o uso de insumos energéticos renováveis teve a participação de 59,9% do bagaço de cana, 38,4% do etanol e 28,2% da eletricidade.

Série histórica
Nos últimos 10 anos, São Paulo registrou uma queda significativa no uso de energias mais poluentes. O carvão teve a maior redução atingindo 99%, já o óleo combustível apresentou uma queda de 60%.

Por outro lado, os insumos menos poluentes aumentaram sua participação na matriz energética no período. O etanol etílico apresentou crescimento de 17,4%, 12% na eletricidade. O bagaço de cana, o gás natural apresentaram queda de 1,2% e 7,4% no período, respectivamente.

Quanto ao consumo de energia elétrica no Estado, especificamente,  o setor residencial aumentou em 24,5% e o comercial em 35,6%. Em contrapartida o consumo nas indústrias caiu 6,4% no período.

Sobre o Balanço Energético
Importante ferramenta para aqueles que acompanham o setor, o Balanço Energético do Estado de São Paulo 2018 é uma publicação anual da Secretaria Estadual de Energia e Mineração. O relatório é uma ferramenta essencial para os setores público e privado realizarem estudos de planejamento energético, viabilização de tecnologias inovadoras, busca de eficiência energética e preservação do meio ambiente.

A edição baseada em informações energéticas e socioeconômicas do ano-base 2017 apresenta as séries históricas do período de 2008 a 2017 discriminadas por insumos energéticos e por setores da economia, incluindo balanços energéticos anuais consolidados, tabelas e gráficos que detalham a evolução da oferta e da demanda dos energéticos utilizados pela economia paulista, com a correspondente participação dos setores envolvidos.

O Balanço está disponível no site da Secretaria de Energia e Mineração no endereço www.energia.sp.gov.br