A Marcopolo registrou receita líquida consolidada de R$ 1,856 bilhão nos primeiros seis meses de 2018, com crescimento de 43,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 1,296 bilhão). O resultado reflete a melhora contínua na demanda de ônibus, tanto no mercado brasileiro como na exportação, que aumentaram 55,5% e 67,5%, respectivamente. O lucro líquido foi de R$ 54,3 milhões contra R$ 29,2 milhões no primeiro semestre de 2017 (crescimento de 86%).

 

No Brasil, a Marcopolo cresceu em unidades produzidas, acima da alta registrada pelo mercado de ônibus (39,1%) nos seis meses de 2018. A demanda aumentou em todos os segmentos: nos urbanos, a fabricante alcançou elevação de quase de 120%, com produção de 1.689 unidades contra 769 fornecidas, e participação de mercado de 56,6% contra 26,7%, no mesmo período de 2017; nos rodoviários, a ampliação foi de quase 100% (1.063 unidades contra 541).

 

No semestre, a Marcopolo também realizou a entrega de ônibus escolares – micros, modelos Volare e urbanos – para o programa Caminho da Escola e para a Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEDUC-MG). A perspectiva é de aumento da demanda para o Caminho da Escola no segundo semestre.

 

Segundo Francisco Gomes Neto, diretor-geral da Marcopolo, a empresa deverá manter o ritmo de crescimento e produção também no segundo semestre. “Estamos otimistas com relação ao desempenho da indústria brasileira de ônibus, tanto no mercado interno como nas exportações. Temos expectativa de bom desempenho em todas as três marcas, Marcopolo, Neobus e Volare”, enfatiza o executivo.

 

As iniciativas adotadas na Neobus, direcionadas ao aumento de volumes e eficiência apresentam os primeiros resultados positivos. No segundo trimestre deste ano, a unidade registrou lucro líquido de R$ 6,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 8,9 milhões do mesmo período de 2017. A produção aumentou de 324 unidades no segundo trimestre de ano passado para 826 no segundo trimestre deste ano, com incremento de 154,9%, favorecida pela transferência da produção de modelos Volare da unidade Planalto.

 

Nas unidades no exterior, os destaques foram as operações de Austrália e China, que apresentaram crescimento no trimestre de 84,1% e 20,0% respectivamente, em unidades produzidas. Em relação à receita, a Austrália apresentou um crescimento de 89,2% em comparação com o ano passado, já na unidade chinesa, o incremento foi de 79,4%.

 

Para o segundo semestre, a Marcopolo mantém sua expectativa na manutenção da demanda por ônibus para o próximo trimestre, com carteira de pedidos consistente para os próximos meses. “Esperamos que a retomada de volumes se sustente nos próximos meses, sobretudo no mercado externo que, com a desvalorização do real, pode impactar positivamente a receita líquida e os resultados operacionais”, finaliza Francisco Gomes Neto.