Na gradual retomada que vive o setor de óleo e gás brasileiro, as notícias de novos negócios fechados começam a surgir com maior frequência. Desta vez, foi a empresa Oceaneering que conseguiu assinar um contrato de DPR (Drill Pipe Riser) com a Petrobrás para a realização de completações de poços de petróleo. “Toda a equipe está bem envolvida neste projeto e todos estamos muito felizes em ter ganho esse contrato, que é bem expressivo”, afirmou o executivo Daniel Nogueira, gerente da unidade Service, Technology and Rental da companhia. O prazo de mobilização será de até 14 meses e a Oceaneering deve fazer um investimento de cerca de US$ 45 milhões durante a execução do contrato. Além disso, Nogueira revela que a empresa deve fazer ao menos 60 contratações diretas para atender a demanda do novo serviço. “Todas as divisões que temos no Brasil estão trabalhando em algum contrato ou concorrência. Nós acreditamos que os próximos cinco anos da Oceaneering no Brasil serão de crescimento”, acrescentou.

Gostaria que comentasse um pouco sobre o novo contrato que a empresa fechou com a Petrobrás.

Este é um contrato de DPR. O escopo abrange a realização de completações de poços de petróleo para Petrobrás. Neste contrato, qerá duração de 4 anos, vamos fornecer três sistemas completos de DPR. Ao longo da última década, pesquisamos e estudamos muito essa tecnologia. O DPR, da forma que é feita pela Petrobrás, é único no mundo. Esta é uma tecnologia bem específica para a estatal. Então, ao longo destes últimos anos, estudamos muito uma maneira de entrar nesse mercado.

Qual a importância desse contrato para os planos da empresa no Brasil?

Estamos muito felizes em ter conquistado este contrato e contribuir para um avanço tecnológico nesse serviço. Ao longo dos anos, o DPR vem evoluindo, mas também acreditamos que temos capacidade para acrescentar algo melhor a este contrato. Vamos investir nisso. Toda a equipe está bem envolvida neste projeto e todos estamos muito felizes em ter ganho esse contrato, que é bem expressivo para a Oceaneering. A nossa diretoria está muito feliz por ter ganho esse contrato. Antes de mais nada, vamos executar esse serviço colocando em prática a nossa política de segurança, que é extremamente importante para o sucesso da companhia. Vamos atender a parte de completação da Petrobrás. Serão três sistemas para fazer as completações de 5 mil PSI (medida de pressão).

O contrato já foi assinado? Qual o investimento previsto?

Já assinamos o contrato e nosso prazo de mobilização é de 14 meses. Vamos tentar antecipar para 12 meses, existe um trabalho forte neste sentido. A quantidade de equipamentos e ferramentas que teremos comprar para este contrato está em torno de, cada sistema, 98 unidades. O CAPEX que estimamos para este contrato é de US$ 45 milhões.

Qual será o diferencial da Oceaneering neste projeto?

Este contrato pertenceu a uma empresa concorrente por muitos anos. A Oceaneering está muito adaptada a fazer a parte de completação no Golfo do México, no Mar do Norte, África e outros lugares do mundo. Temos um expertise muito grande na parte de sistema de controle, que nós chamamos de IWOCS (Intervention Workover Control System). Esta é uma parte bastante desenvolvida dentro da nossa empresa. Aqui no Brasil, a Petrobrás joga essa parte de IWOCS dentro do DPR, fazendo um pacote completo. Essa expertise em IWOCS, aliada ao fato de nós fabricarmos nossos próprios umbilicais também, nos torna um player bem agressivo para o mercado. 

A assinatura deste contrato sinaliza uma retomada do mercado?

É, sem dúvida, uma retomada [do mercado]. Há um ano atrás, ganhamos um contrato de PDG. Naquela ocasião, contratamos 45 pessoas ao todo. Já para este novo contrato de DPR, estamos estimando uma contratação de 60 profissionais. Isso sem contar com as contratações indiretas. Sem dúvida nenhuma, é uma retomada. Um contrato de DPR tem uma grande expressividade dentro da indústria de óleo e gás. Talvez, seja o maior dentro da parte de completação. A visibilidade desse contrato é muito grande, com muitas concorrentes envolvidas.

Isso mostra sim que estamos tendo uma retomada, talvez não na mesma velocidade na qual ocorreu a queda. Mas é uma retomada de forma bem orgânica. Acho que este crescimento é bem mais saudável em relação ao anterior. Foi um crescimento com um pico muito extremo e com uma queda bem acentuada. A retomada do setor está sendo bem mais saudável e com os “pés no chão”.

Quais são os demais projetos da empresa para o setor de óleo e gás no Brasil?

Estamos trabalhando em alguns outros projetos. Todas as divisões que temos no Brasil estão trabalhando em algum contrato ou concorrência. Nós acreditamos que os próximos cinco anos da Oceaneering no Brasil serão de crescimento. Temos um plano bem elaborado para o país, com um crescimento bem saudável, que vai trazer o Brasil para uma áreas mais importantes dentro do âmbito da indústria de petróleo no mundo. A Oceaneering quer colocar o país como um protagonista dentro do mercado de óleo e gás. (Petronotícias)