Em tempos de estagnação econômica, as projeções sobre o Produto Interno Bruto (PIB) não são as mais otimistas. Se no ano passado o país cresceu apenas 0,1%, entretanto, o Nordeste alcançou uma elevação de 3,7%, segundo o Banco Central. Os números para esse ano devem ser ainda mais modestos, mas os investimentos na região estão surgindo – especialmente em tecnologia. Desde construção de polos tecnológicos, até a criação de empresas e incubadoras, são iniciativas pioneiras que chegam a dar inveja ao restante do Brasil. Conheça:

Pequenos empreendedores e suas apostas tecnológicas

Só na região nordeste, mais de 2000 lojistas estão antenados nas tecnologias para o varejo físico e online.  A expectativa da Stone, credenciadora com tecnologia de última geração, serviços “taylor made” e distribuição menos dependente de bancos é que até o final do ano a tecnologia esteja disponível para mais de 50.000 clientes. “Isso impacta o consumidor positivamente, já que, além da experiência de compra se tornar mais agradável graças à tecnologia, ao usar uma solução com taxas mais flexíveis, acaba ficando mais barato também para o consumidor”, completa Augusto Lins, diretor da Stone.

A empresa acredita que a oferta de serviços customizados pode atender especialmente a demanda de profissionais liberais, como médicos, dentistas e advogados do nordeste, bem como prestadores de serviços, como jardineiros e eletricistas.

Polo tecnológico em Alagoas

Com custo estimado em R$ 15 milhões, a cidade de Maceió (AL) inaugura a primeira parte do Polo de Tecnologia da Informação, Comunicação e Serviços (Cais Tecnológico). O objetivo do prédio de três pavimentos e área total de 6,1 mil m² é acomodar até 40 empresas de pequeno, médio e grande portes para incentivar a inovação e desenvolvimento da economia criativa ligada ao setor de Tecnologia da Informação (TI) em Alagoas.

“A inauguração do polo é um novo marco para a economia local, ao promover de forma mais dinâmica a inovação e o fortalecimento das empresas, além da atrair novos investidores por meio de uma gestão com participação das iniciativas pública e privada”, afirma Jean Paul Torres Neumann, Relações Institucionais da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – Regional Alagoas (Assespro-AL), que apresentou no mês de dezembro um projeto de gestão ao Governo do Estado.

Facilidades para o varejo Baiano

Com o orçamento mais apertado, o cartão de crédito tem sido cada vez mais utilizado pelos nordestinos, já que possui facilidades como o pagamento parcelado ou até mesmo em parcela única no mês seguinte. Para não perder clientes neste momento econômico tão delicado, os comerciantes – principalmente os pequenos empresários – procuram soluções que proporcionem uma experiência de compra mais simples e estão apostando na tecnologia para alcançar esse diferencial. “A ideia é que os pequenos lojistas possam ter acesso às mesmas ferramentas que os grandes já têm, mas com preços mais acessíveis”, explica Elizandro, executivo regional da Cappta, empresa que ajuda o varejista nordestino a vender mais por um preço mais barato.

Na prática, isso se traduz em um modelo de serviço, que proporciona aos seus clientes soluções tecnológicas de ponta a custos acessíveis para empresas de todos os portes. Utilizando tecnologia de captura de cartões baseada em TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), as soluções são focadas no pequeno varejista nordestino que pretende se diferenciar durante a crise, se aproximando do que grandes empresas adotam por custos mais acessíveis. A empresa investiu mais de 2 milhões na Bahia com 03 executivos de vendas e mais de 30 Capptores, que são agentes de serviços Cappta, ampliando o número de empregabilidade e tecnologias aos pequenos comerciantes. As maquininhas são multiadquirentes, aceitando todas as bandeiras nacionais de cartões e mais de 100 bandeiras regionais, atendendo a mais de 3300 estabelecimentos na região com expectativa de fechar 2016 com mais de 4000 empresas.