Com a meta de ter até 20% do seu faturamento vindo da área internacional até o final deste ano, a MFX do Brasil está cotando atualmente dois grandes projetos com a Saudi Aramco, como parte de sua estratégia de fechar negócios no exterior. Segundo o executivo Iwaldo Miranda, que cuida da área internacional da empresa, a expectativa é de selar novos contratos no Oriente Médio ainda este ano. Além disso, a MFX abriu recentemente o seu primeiro escritório fora do Brasil, em Houston, nos Estados Unidos. Segundo Iwaldo, a unidade “vai trabalhar basicamente como escritório de vendas, prospectando negócios e dando serviço e apoio mais próximos aos clientes”. A MFX também conseguiu o registro na Saipen e, em janeiro, fechou um negócio com a companhia italiana para fornecimento de umbilicais.

Quais são os projetos mais recentes da companhia?

A MFX conseguiu recentemente um registro na Saipen, uma empresa EPCista muito importante. Depois disto, nós começamos a prospectar muitos negócios internacionais e fechamos um contrato com a própria Saipen, em janeiro, para o fornecimento do primeiro umbilical a ser exportado do Brasil. Apesar do volume de produtos deste contrato ser pequeno, entendemos que é uma sinalização de que o mercado reconhece nossa qualidade. Nós estamos trabalhando com umbilicais de até 3 mil metros de profundidade em sistemas offshore. Estamos envolvidos numa área que envolve muita análise estrutural, credibilidade e engenharia.

Como é o planejamento da empresa para o médio prazo?

Na Ásia, nós temos negócios quentes. Fomos recentemente aprovados pela Saudi Aramco e estamos cotando dois negócios bem grandes com eles. E nós, com o benefício da cotação, já que o dólar está bem alto, vemos que o momento favorece a exportação. Nós estamos muito competitivos. Esperamos fechar ainda esta primeira metade de 2016 com novos negócios no Oriente Médio.

A empresa foca, especificamente, em alguma região do planeta?

Nosso produto é focado para operação offshore. Então, as áreas que trabalham com produção de petróleo offshore estão localizadas na China, na Indonésia, na Malásia, na Índia; oeste da África; na Europa, com o Mar do Norte; e no Golfo do México. Nós acabamos de contratar um profissional experiente e estamos com nosso primeiro escritório fora do Brasil, em Houston. Os trabalhos começaram no início do ano.

E como vai ser a operação deste escritório?

Vai trabalhar basicamente como escritório de vendas, prospectando clientes e dando serviço e apoio mais próximos aos clientes com que nós já estávamos trabalhando. Até então, nós víamos aos Estados Unidos duas vezes ao ano, e fazíamos algumas visitas. Mas isso não era suficiente. A gente precisa ter uma reunião mais demorada e técnica com o cliente. Nós temos nos dado muito bem nesta estratégia internacional e esperamos que a MFX possa ter 20% do seu faturamento vindo da área internacional até o final de 2016.

Qual o diferencial que vocês levam ao mercado?

Nosso grande diferencial é o preço competitivo. Hoje, a situação do câmbio no Brasil é favorável ao exportador. Esse é o nosso grande diferencial. Nós trabalhamos estritamente atendendo a API 17E e a ISO, normas do setor que regulam a qualidade e a forma de construção dos umbilicais. O umbilical faz uma conexão do topside com os equipamentos subsea, então ele não é a parte mais cara do projeto; mas com certeza é a parte mais crítica, porque é um cabo. E sendo um cabo, ele pode ser rompido caso seja mal manuseado. Ele não pode perder a conexão, do contrário a plataforma para de funcionar. Nós temos algumas normas, treinamentos e supervisão para impedir que haja algum manuseio mais agressivo que possa danificar o umbilical. (Petronotícias)