Apesar do momento de dificuldades pelo qual passa o setor petrolífero – no Brasil e no mundo -, algumas empresas conseguem enxergar oportunidades de negócios neste cenário de ritmo menos intenso. A palavra de ordem das grandes petroleiras globais, abaladas pela queda no preço do barril, é eficiência. Tendo em vista esta tendência, a empresa de treinamento Maersk Traning está aproveitando este momento para conseguir novos clientes. A companhia acaba de trocar seu diretor no Brasil e agora será conduzida pelo executivo Leonardo Machado, que anteriormente era o gerente de vendas da companhia. “O nosso foco então passou a ser aumentar o número de contratos e conseguimos um crescimento no nosso quadro de clientes na casa de dois dígitos”, explicou. O mais recente contrato fechado pela empresa foi com a Statoil, focado em treinamento de perfuração. “As empresas enxergam o treinamento não como custo, mas sim como um caminho para melhorar a eficiência. O objetivo delas é buscar ganhos. Com essa visão, a gente vê como muito positiva a situação do mercado”, acrescentou.

Quais são as principais metas e desafios da sua gestão?

Os desafios são grandes. O mercado sofreu um impacto muito grande entre 2014 e 2015. Mas, existe o outro lado da história. O treinamento de empregados pode ser usado para reduzir custos. Portanto, nós vemos o mercado positivamente. No Brasil, com o nível de qualificação dos profissionais, treinamentos como os oferecidos pela Maersk Training são necessários. A gente sempre teve essa visão e, hoje, muitos parceiros globais também compartilham deste entendimento.

Com a nova realidade do mercado, com os preços mais baixos do óleo, o senhor acredita que as empresas vão procurar cursos de especialização, com o objetivo de reduzir seus custos?

Esta questão do desenvolvimento desta cultura está ligada ao fato de que as empresas querem melhorar suas operações. A gente enxerga desta forma. Nós podemos constatar isso com a própria Petrobrás, já que ela tem uma auditoria que faz um ranking com as melhores empresas de embarcação de apoio. É uma auditoria anual. E as companhias que ficam no topo desta lista conseguem descontos e contratos com a Petrobrás. Além da demanda por qualificação no Brasil ser atrativa, o mercado, de modo geral, está agindo neste sentido – em busca de especialização.  As empresas enxergam o treinamento não como custo, mas sim como um caminho para melhorar a eficiência. O objetivo delas é buscar ganhos. Com essa visão, a gente vê como muito positiva a situação do mercado.

Como é a atuação da empresa no setor de óleo e gás?

A empresa faz parte do grupo Maersk e é muito voltada para a cultura de treinamento e da qualidade do treinamento. A Maersk Traning acredita que, para qualificar o profissional, são necessários treinamentos bem próximos à realidade. Por isso, a empresa investe nos simuladores mais reais do mercado para trazer aos alunos esta bagagem.

Como a companhia está enfrentando a crise do setor?

O que nós fizemos, de imediato, foi fortalecer os contratos com os atuais clientes. O volume de empregados diminuiu. Muitas empresas que já eram clientes perderam contratos com a Petrobrás. Por isso, o número de pessoas a serem treinadas também diminuiu. O nosso foco então passou a ser aumentar o número de contratos e conseguimos um crescimento no nosso quadro de clientes na casa de dois dígitos.

Quais são os principais projetos da empresa atualmente?

Temos um contrato com a TransOcean, onde a Maersk gerencia todos os treinamentos globalmente da companhia. A TransOcean é um dos maiores clientes da unidade do Brasil e este contrato envolve quase todas unidades da Maersk Traning. Recentemente, fechamos também com a Statoil. Também será um contrato global, mas começaremos os treinamentos na unidade da Noruega. O escopo do contrato é relacionado ao treinamento de perfuração para os próximos três anos, com opção de extensão do acordo. (Petronoticias)