• Pedro Parente – novo presidente da Petrobrás

O nome de Pedro Parente para o comando da Petrobrás está sendo comemorado pelo mercado, que vê no executivo um perfil qualificado para fortalecer a estatal e ajudá-la a retomar a imagem de força e liderança no País, com a volta dos investimentos e dos projetos que se encontram paralisados. Um dos maiores desafios é o equacionamento da dívida e a conciliação com os aportes necessários para o avanço das operações, mas a impressão do mercado em geral, indicada por diversos representantes do setor de óleo e gás brasileiro ouvidos pelo Petronotícias, é a de que ele reúne as qualidades necessárias para liderar esse processo.

O passado à frente de cargos importantes no governo Fernando Henrique Cardoso, quando passou pelos ministérios da Casa Civil, do Planejamento e de Minas e Energia, atuando diretamente – e com sucesso – no gerenciamento da crise do racionamento de energia, em 2001, foram lembrados e respaldaram ainda mais sua força para atuar à frente da Petrobrás, que passa pela pior crise de sua história, com uma dívida avaliada em cerca de R$ 450 bilhões e uma extensa paralisação de projetos.

  • Jorge Camargo – Presidente do IBP

Conheci Pedro Parente como membro do Conselho de Administração da Petrobras, chefiando a Casa Civil e coordenando o Comitê de Gestão da Crise Energética. Ele é um gestor impressionante pela imensa capacidade de trabalho, análise e execução. Estamos ansiosos para nos reunirmos e discutirmos a agenda da indústria.

  • Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira – Presidente da Firjan

A confirmação de Pedro Parente para presidente da Petrobrás é um passo decisivo para a recuperação da mais icônica companhia brasileira. A Petrobrás, com seu portfólio de encomendas, é dos motores da economia nacional em um segmento que responde por mais de 400 mil empregos. Seu resgate é um estágio essencial para a reafirmação da credibilidade internacional do Brasil.

Seus atributos éticos irretocáveis enquanto homem público, somados à sua experiência de grande êxito no universo corporativo, como CEO da Bunge Brasil, devem ser encarados como um símbolo da preocupação do novo Governo com a reestruturação negocial e moral de uma companhia que sempre foi motivo de orgulho para os brasileiros. A Petrobrás não podia estar em melhores mãos.

  • Nelson Romano – Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial  (ABEMI)

Nós recebemos de forma muito positiva e com entusiasmo a indicação. Nós acompanhamos o Pedro Parente como secretário executivo do governo de Fernando Henrique, ele ocupou ministérios importantes com sucesso e administrou bem a crise energética, em 2001. Nós esperamos que ele consiga colocar a Petrobrás novamente nos níveis de desempenho em que ela esteve no passado. Que ele também tenha a sensibilidade ao mercado prestador de serviços, já que a Petrobrás é responsável por 80% da indústria. Estamos bastante esperançosos.

A primeira medida que ele deve tomar é tentar buscar o equacionamento da dívida da Petrobrás, e também procurar desonerar os

compromissos em que a companhia seja obrigada a arcar com custos. Essas são medidas fundamentais para a empresa.

  • Marcelo Bonilha – diretor superintendente da EBSE

A expectativa é de que ele consiga reorganizar a empresa e equacionar a dívida, para que haja a retomada dos investimentos, porque hoje está tudo parado. É importante que seja dado seguimento às obras das plataformas e de melhorias nas refinarias, dentre outros projetos. Acreditamos que ele tem muita competência, conta com grande experiência, então é um bom nome.

  • Antonio Müller – presidente da Tridimensional Engenharia

Acho que é um excelente nome, uma pessoa com bastante experiência em gerenciar empresas de grande porte, fez um excelente trabalho no passado, no período em que tivemos racionamento de energia, então é uma grande aquisição para o mercado e para a Petrobrás.

Acho que começará a haver decisões que aquecerão o mercado de petróleo, hoje muito parado. É uma pessoa do setor, que já foi ministro de Minas e Energia, que conhece bem a Petrobrás e tem o respeito do mercado, então é muito bem vindo.

  • Cristina Graham –  Diretora Comercial da PH Dutos

Estou bastante positiva sobre a nomeação do Pedro Parente como novo presidente. Escutei a pronunciação dele e o fato de não haver mais indicações políticas é muito bom. Acho que é uma pessoa ética, que está vindo com boas ideias e uma boa forma de agir, então é bem positiva a chegada dele.

A expectativa para o mercado é que a Petrobrás retome as obras e os projetos, facilite os processos para várias empresas que estão tendo dificuldades e que abra um pouco mais o mercado. Porque a Petrobrás sempre foi muito fechada para algumas coisas, então várias empresas de médio porte que traziam inovações, muitas vezes não conseguiam levá-las para a companhia. Então é importante abrir para mais empresas participarem, mais ideias possam circular no âmbito dos avanços da Petrobrás e que ela esteja mais envolvida com a nova realidade do País.

  • José Adolfo Siqueira –  Presidente da Associação Brasileira, da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (ABITAM)

Uma excelente escolha. O Pedro Parente é muito competente, já foi ministro de Minas e Energia e conhece o segmento. Ele é um burocrata competente e tenho certeza que irá fazer uma grande administração técnica. A Petrobrás tem agora chances de se recuperar.

O que é preciso agora é fazer voltarem os investimentos para melhorar a indústria. Tem que haver uma demanda por equipamentos. O governo precisa destravar a questão das concessões e atrair o capital estrangeiro. Precisamos gerar obras para demandar máquinas e equipamentos. Acho que o novo governo está no caminho certo.

  • Marcos Cueva – diretor da Oceânica

Eu considero que a escolha foi boa. As primeiras declarações do novo presidente, de que ele exigiu não ter que fazer escolhas por indicações políticas, foram positivas. Também tem o fato de ele ser um engenheiro, o que também nos anima um pouco mais. Com isso, a gente espera que ele esteja preocupado tanto com a questão de valores quanto com a parte de engenharia.

A Petrobrás precisa agora garantir uma previsibilidade maior. Temos dois FPSOs na praça e o que não falta são boatos de que não vai acontecer um ou outro. O prazo já foi adiado e o mercado fica nervoso com isso. Tem também a notícia de desmobilização das sondas de perfuração. O importante é ter previsibilidade do que vai acontecer. É preciso ter um plano de negócios que as empresas prestadoras possam confiar.

  • Claudio Makarovsky – Diretor de óleo e gás da Siemens

É uma pessoa que teve uma experiência importante com o apagão em 2001, então ele é sensacional em gestão de crises. Tem experiência. E no discurso de posse ele enfatizou bastante a separação de indicação política e técnica na Petrobrás, o que a empresa precisa há muito tempo.

A expectativa é que ele repita o que fez no passado, dando agilidade às tomadas de decisão e preservando a indústria nacional. Hoje temos um parque industrial praticamente parado no País e esperamos que em breve isso seja retomado. Mas não está só na mão dele. Também dependemos de questões ligadas à ANP, como a unitização de áreas, entre outras questões. Se essas coisas acontecerem, teremos uma economia renovada em médio-longo prazo, independente de preço de barril de petróleo. Então acho que é a pessoa certa no lugar certo.

  • Carlo Cervo – Country Manager da Modex Energy no Brasil

A minha ideia básica em relação à indicação dele é que é uma pessoa da época do Fernando Henrique, que foi quando o Brasil estava no caminho correto, então ele tem uma grande bagagem desse período, que pode ajudá-lo a enfrentar a situação atual na empresa. Gostei que resgataram uma pessoa com um histórico empresarial e público muito importante, com grande competência.

Espero mais profissionalismo na gestão da empresa e menos interferência governamental. Esse governo novo é liberal, então acho que o novo presidente está mais adequado do que o Bendine, que era reflexo do governo PT, apesar de ter buscado um caminho mais comportado do que as gestões anteriores. Desse modo, espero que consiga gerir a empresa com mais profissionalismo.

  • João Martins – Diretor Comercial da Actemium

O novo presidente precisa administrar a companhia de forma transparente e falando sempre a realidade. É de suma importância ter como meta a exploração/produção no pré-sal e também em outras bacias de qualidade, além de redefinir o plano para o refino, destacando o papel da Rnest e do Comperj.

A Petrobrás possui ativos de alto valor, porém neste momento é necessário fazer um desinvestimento para reduzir a sua dívida. Estamos seguros que este é o caminho correto nas mãos da pessoa correta.(Petronotícias)