Se 2017 não foi um ano inesquecível para a Fibermaq, uma das mais importantes fornecedoras brasileiras de equipamentos para a moldagem de compósitos, ao menos o período serviu para a consolidação do seu portfólio para enrolamento filamentar. Tradução livre do inglês filament winding, o processo em questão dá forma a tubos, tanques e postes, entre outros produtos ocos de compósitos – um tipo de plástico de engenharia.
“A recuperação da demanda no ano passado serviu para repor as perdas de 2016, quando o nosso giro caiu mais de 30%. Em paralelo, conseguimos negociar uma máquina de enrolamento filamentar, equipamento sofisticado e com maiores índices de automação e personalização”, afirma Christian de Andrade, diretor da Fibermaq.
Logo, entre os principais fornecimentos de 2017, Andrade destaca o de uma máquina destinada à fabricação de postes cônicos de compósitos, de até 12 m de comprimento, para a Mossoró Premoldados. O segmento de postes, a propósito, é um dos poucos que vem se mostrando imune à crise. Estima-se que cerca de 10% de todos os postes fabricados no país sejam de compósitos, e a expectativa é de que essa participação dobre nos próximos dois ou três anos. Leves e imunes à corrosão, são produtos ideais para áreas de difícil acesso ou situadas no litoral.
Para o mercado de tanques, o diretor da Fibermaq ressalta a construção de um modelo de máquina de enrolamento filamentar que produz reservatórios de até 4 m de diâmetro e 6 m de comprimento. “Está em operação na planta da Delta Vinil, em Atibaia”. E, em relação aos tubos, um dos cases mais relevantes da Fibermaq fica por conta das máquinas fornecidas para o Grupo Stringal Hurner. Cada uma produz barras de 6 m de comprimento, com 50 a 700 mm de diâmetro.
“Pode soar estranho, mas o nosso maior diferencial frente à concorrência é que as nossas máquinas de filamento realmente funcionam. O que mais existe no Brasil são casos de transformadores decepcionados com o processo, pois adquiriram o equipamento com muitos problemas”, resume o diretor da Fibermaq.