Com a nova planta, empresa aplicará a sua tecnologia para transformar o fornecimento de combustível a partir de uma solução 90% mais limpa, produzida a partir de biomassa, gerando oportunidades econômicas nas áreas rurais em todo o mundo

A DuPont inaugurou sua planta para a produção de etanol celulósico, instalada em Nevada (Iowa, Estados Unidos). Em evento realizado no dia 30 de outubro e com a presença do governador do estado de Iowa, Terry Brandstad, a empresa apresentou a maior usina de etanol celulósico do mundo, com capacidade para produzir 30 milhões de galões por ano.

Para produzir o biocombustível, a DuPont fará uso do bagaço do milho, como os talos, palha e espigas deixados no campo após a colheita. Na nova planta, a DuPont demonstrará em escala comercial que a matéria-prima não alimentar presente na agricultura pode ser aplicada para atender as demandas energéticas da sociedade no futuro, diversificando a oferta de combustíveis.

A DuPont reúne competências para o desenvolvimento de um combustível limpo a partir de uma cadeia de fornecimento de biomassa. O investimento será vital para a cadeia de abastecimento e para toda a operação da biorrefinaria em Nevada, beneficiando os cerca de 500 agricultores locais que fornecerão 375.000 toneladas de material seco por ano para a produção do etanol celulósico. Além de garantir um novo fluxo de receita para esses produtores, serão criados 85 empregos na fábrica e mais 150 oportunidades de trabalho sazonal em Iowa.

“Iowa tem uma rica história de inovação na agricultura”, disse o governador Terry Branstad. “Hoje, comemoramos um novo capítulo ao usar resíduos agrícolas como matéria-prima para a produção de  biocombustível, trazendo enormes benefícios ambientais para a sociedade e econômicos para o estado. A abertura da biorrefinaria da DuPont representa um grande exemplo de inovação que se pode alcançar quando comunidades rurais, governo e o setor privado trabalham juntos na direção de um objetivo comum”.

Negócios sustentados na biomassa podem levar novas fontes de receita e alta tecnologia para as economias rurais ao redor do mundo. Como uma empresa global com operações em mais de 90 países, a DuPont está singularmente posicionada para implantar, em nível global, sua tecnologia celulósica no setor de combustíveis para transporte e outros segmentos.

“Com a inauguração da nova planta, cumprimos nossa promessa com a indústria global de biocombustíveis, aplicando a nossa inovação no mercado e gerando impactos positivos na vida das pessoas. Ao lado das fontes eólica e solar, o etanol celulósico é uma alternativa real ao combustível fóssil, reduzindo os danos ambientais e elevando a nossa segurança energética”, disse William F. Feehery, presidente da DuPont Biociências Industriais.

Na Ásia, a DuPont anunciou recentemente seu primeiro contrato de licenciamento com a New Tianlong Industry para construir a maior usina de etanol celulósico da China. Também foi anunciado um memorando de entendimento entre DuPont, Ethanol Europe e o governo da Macedônia para desenvolver um projeto de biorrefinaria de segunda geração. Além disso, a DuPont está trabalhando em parceria com a Procter&Gamble para usar o etanol celulósico no sabão Tide para roupas na América do Norte.

No Brasil, a empresa anunciou em setembro a inuguração de um laboratório para impulsionar as pesquisas em torno do etanol de primeira e segunda gerações (a partir de milho e cana). Atualmente, a DuPont possui em seu portfólio enzimas para acelerar a produção do etanol de milho (e outras fontes amiláceas) que se aplicam a processos com ou sem etapa de liquefação. Possui ainda enzimas empregadas para liberação de açúcares (sacarificação) oriundos do bagaço e da palha de cana, que serão posteriormente fermentados para obtenção do etanol de segunda geração.

A maior parte do combustível produzido na planta de Nevada vai atender a Califórnia, cumprindo as normas estaduais relacionadas com combustível de baixo carbono. A planta também servirá como uma demonstração da tecnologia celulósica em escala comercial para que investidores de todas as partes do mundo possam conferir,  em primeira mão, como replicar esse modelo em suas regiões de origem.