NBR 15498 de 05/2021 – Chapas cimentícias reforçadas com fios, fibras, filamentos ou telas – Requisitos e métodos de ensaio

NBR 15498 de 05/2021 – Chapas cimentícias reforçadas com fios, fibras, filamentos ou telas – Requisitos e métodos de ensaio estabelece os requisitos e os métodos de ensaio, assim como os critérios de aceitação das chapas cimentícias reforçadas com elementos não metálicos como fios, fibras, filamentos ou telas. Não se aplica a produtos contendo amianto, gesso ou concreto. A chapa cimentícia é um produto resultante de processamento industrial de cimento Portland ou outros ligantes hidráulicos, agregados, adições ou aditivos com reforço de fibras, fios, filamentos ou telas, com exceção de fibras de amianto.

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Quais são os símbolos, abreviaturas e unidades usadas nessa norma?

Quais são os ensaios de aceitação das chapas cimentícias?

Quais são os ensaios de tipo das chapas cimentícias?

Como deve ser executada a medida do esquadro das chapas?

As chapas cimentícias contempladas por esta norma são classificadas conforme a descrição a seguir. Independentemente da categoria, as chapas cimentícias devem ser armazenadas, manuseadas e instaladas conforme instruções do fabricante.

O fabricante deve indicar no produto sua categoria. As categorias indicadas são referentes ao uso interno ou externo. Para especificação de projeto o projetista deve levar em conta todos os requisitos da chapa cimentícia.

As chapas da categoria A podem ser fornecidas revestidas ou não revestidas. Os materiais utilizados para revestimento das chapas cimentícias não estão no escopo desta norma. A categoria A envolve as chapas para aplicações externas, sujeitas à ação direta das intempéries, como sol, chuva, congelamento ou neve. A da categoria B envolve as chapas para aplicações externas, não expostas à ação direta de intempéries, podendo ficar expostas à umidade, calor e eventual congelamento. Na categoria C são incluídas as chapas para aplicações internas, como paredes internas, pisos, forros e substratos, podendo ficar exposta ao calor e à umidade, mas não ao congelamento. A tabela abaixo apresenta exemplos de aplicações conforme categoria.

As dimensões de comprimento e largura devem ser declaradas pelo fabricante. As chapas cimentícias são fornecidas em espessuras nominais de até 40 mm. As espessuras superiores não são abrangidas por esta norma. As características mecânicas e físicas são determinadas no produto pronto.

O estado de equilíbrio é obtido mantendo os corpos de prova em atmosfera controlada com temperatura de (23 ± 5) °C e umidade relativa de (50 ± 20) %, estocados de modo que todas as faces sejam corretamente ventiladas. Os produtos devem ser mantidos nesta condição até que se obtenha duas medições sucessivas, com intervalo de 24 h, com variação de massa inferior a 5% entre elas.

A resistência à tração na flexão das chapas, obtida por meio do ensaio indicado nessa norma, deve atender aos valores indicados na tabela abaixo. Essa resistência é a média dos valores obtidos das amostras ensaiadas nas duas direções. A resistência à tração na flexão das chapas na direção de menor resistência não pode ser menor que 70% do valor especificado na tabela abaixo.

As especificações das resistências das chapas das categorias A e B correspondem à condição saturada e as amostras devem ser ensaiadas saturadas. As especificações das resistências das chapas da categoria C correspondem à condição de equilíbrio e as amostras devem ser ensaiadas na condição de equilíbrio.

O fabricante deve indicar as resistências médias à tração na flexão de cada uma das direções principais da chapa, determinadas de acordo com o método indicado nessa norma. Os métodos de amostragem e de controle são os mesmos utilizados para a classificação da tabela abaixo.

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A densidade aparente e a absorção de água das chapas devem ser especificadas na documentação do fabricante e determinadas conforme essa norma. Os ensaios de tipo devem ser executados sobre produtos prontos para utilização. Se o ensaio ocorrer sobre produtos revestidos, isto deve ser mencionado no relatório.

Os ensaios de tipo devem ser realizados para demonstrar a conformidade das chapas cimentícias com os requisitos desta norma, no caso de aprovação de um novo produto ou quando uma mudança fundamental for feita na formulação ou no método de fabricação, cujos efeitos não podem ser previstos de acordo em experiências anteriores. Entende-se como mudança fundamental: introdução ou supressão de insumos; alteração relevante de dosagem de insumos da formulação; alteração relevante do processo de manufatura. O ensaio de tipo não é aplicável para aceitação de lote de produção.

Quanto à resistência à tração na flexão, quando as chapas forem ensaiadas como indicado nessa norma, no estado de equilíbrio e no estado saturado, as resistências à tração na flexão conforme 6.2.2 de cada produto pronto devem atender aos valores especificados na tabela acima para a classe apropriada. Os valores de módulo de elasticidade em chapas devem ser informados pelo fabricante nas especificações do produto, conforme método de ensaio indicado nessa norma.

Para a permeabilidade, nas chapas ensaiadas como indicado em 9.2.2, podem aparecer traços de umidade na face inferior das chapas, mas em nenhum caso deve haver formação de gotas de água nessa face. Isto não se aplica para chapas com acabamento ou revestidas. Para o envelhecimento acelerado por imersão em água quente, nas chapas ensaiadas como indicado em 9.2.3, o limite Li do resultado médio indicado em 9.2.3.4 deve ser superior a 0,70.

No envelhecimento acelerado por imersão/secagem, nas chapas ensaiadas como indicado em 9.2.4, o limite Li do resultado médio indicado em 9.2.4.4, deve ser superior a 0,70. No caso da categoria A devem ser realizados 50 ciclos e para categoria B e C 25 ciclos.

Para o ensaio de reação ao fogo, as chapas cimentícias devem ser ensaiadas conforme a ISO 1182 para a verificação de sua incombustibilidade. Se o resultado conforme a ISO 1182 mostrar que são combustíveis, as chapas devem ser ensaiadas conforme a NBR 9442, para determinação do índice superficial de propagação de chamas, e conforme ASTM E662, para determinação da densidade ótica específica de fumaça. Esses resultados devem ser disponibilizados pelo fabricante.

Os valores de variação dimensional por umidade medidos em chapas submetidas a saturação por imersão e secas em estufas devem ser informados pelo fabricante nas especificações do produto, conforme método de ensaio indicado nessa norma. Os ensaios de tipo devem ser efetuados sobre o produto pronto. Os ensaios de tipo devem demonstrar a conformidade do produto às prescrições, mas não são requisitos de aceitação para cada lote.

Quando os ensaios de tipo forem efetuados, os produtos devem ser igualmente submetidos aos ensaios de aceitação, a fim de observar a conformidade aos requisitos desta norma. Recomenda-se a realização dos ensaios de tipo a cada cinco anos, mesmo que não se verifiquem modificações nos insumos ou no processo produtivo.

FONTE: Equipe Target