Financiamentos concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) injetaram R$ 51 bilhões na economia brasileira no último ano. Esse montante é referente aos desembolsos das contratações de obras de habitação (R$ 48,1 bi), mobilidade urbana (R$ 1,5 bi) e saneamento básico (R$ 1,4 bi). A maior parte do recurso usado em habitação foi direcionada para habitação popular do Minha Casa, Minha Vida. O programa recebeu R$ 41 bilhões, o equivalente a 85,2% do valor destinado a essa área.

O montante é 37,4% menor do que o injetado na economia em 2016, quando o total liberado para financiamentos foi de R$ 81,48 bilhões. No entanto, em 2017, mais dinheiro entrou em circulação por meio dos saques do fundo de garantia realizados pelos trabalhadores, os quais somaram R$ 164 bilhões. No ano anterior, haviam sido R$ 108,89 bi. Dos saques, R$ 44 bilhões foram efetuados pelas contas inativas, liberados pelo Governo Federal por meio da Medida Provisória nº 763/2016. Essa foi a mesma MP que autorizou a repartição dos lucros do FGTS com os trabalhadores cotistas.

No total, o FGTS foi responsável pela injeção de R$ 215 bilhões na economia brasileira em 2017 – 13,15% a mais, em comparação com o período precedente (R$ 190 bi). Para o secretário-executivo do Conselho Curador do Fundo no Ministério do Trabalho, Bolivar Tarragó, os saques das contas inativas e a distribuição de resultados tiveram impacto nos números de 2017. “Pela primeira vez na história do Fundo tivemos a distribuição de resultados, o que gerou um crédito de R$ 7,3 bilhões referente a 50% do melhor resultado do FGTS. Isso permitiu uma melhora da remuneração das contas do FGTS, que superou a inflação pela primeira vez nos últimos oito anos”, salientou o secretário. (CBIC/com informações do Ministério do Trabalho)