O viaduto da pista expressa da Marginal Pinheiros, a 500 metros da Ponte do Jaguaré, que fica na Zona Oeste de São, cedeu no dia15 de novembro, provocando congestionamento na região. Uma das possíveis causas para o ocorrido pode estar relacionada, também, a problemas de infiltração de água pela junta de dilatação do pavimento do viaduto, que estava deteriorado, possibilitando a degradação do concreto e armaduras. “Sabemos que há muitos outros viadutos e pontes em estados semelhantes ao da Marginal Pinheiros ou, até mesmo, em pior estado, onde a qualquer momento podem acontecer acidentes desta natureza ou de maior gravidade”, avalia André Figueiró engenheiro e gerente de remodelação, pisos e cobertura da Sika.
Monitoramentos de viadutos e pontes são recorrentes, porém, é importante ressaltar que a execução de qualquer intervenção ocasiona muitos desafios, inclusive de ordem política, por agravar todo o trânsito, gerar reclamações por parte da sociedade e uma cobrança maior a gestão pública. “Por esse motivo muitas obras de recuperação estrutural não ocorrem e continuam prejudicando e até ferindo as pessoas”, alerta André.
Ainda segundo o engenheiro, o escoramento do viaduto e o controle tecnológico de estabilidade que está sendo monitorado são medidas adequadas para garantir a segurança e evitar riscos de desabamentos. Todo o processo, que está sendo realizado por uma equipe técnica, consiste em analisar o solo para criar uma base sólida de fundação onde receberá macacos hidráulicos que possam desempenhar a alavancagem do viaduto ao nível original.
“O pilar de apoio que rompeu deverá ser substituído por uma nova estrutura de concreto armado de alto desempenho e um novo aparelho de apoio. Em termos de tecnologia, o concreto poderá utilizar aditivos especiais, inibidores de corrosão e como acabamento pintura de alta espessura formar uma barreira protetora contra o ingresso de água e outros agentes agressores. No entanto, o mais importante será o selante na junta de dilatação do pavimento que deverá exercer a função de resistir contra abrasão das rodas dos automóveis, a movimentação contínua do viaduto, chamado de alto módulo de alongamento, para apresentar uma vida útil prolongada. A expertise do engenheiro é baseada ao vasto conhecimento e a experiência que possui ao fazer parte de uma das maiores empresas do segmento de construção civil no Brasil: a Sika.
“A empresa Sika, por exemplo, possui uma experiência internacional referente a soluções para pontes, tanto para construção como para reparos, como a Ponte da Baía de Sydney, que liga o centro financeiro com a costa norte, a ponte Krousovitis, na Grécia, a Ponte de Quinton em Nova Jersey, a ponte Arousa, na Espanha, além da Rodovia dos Imigrantes em São Paulo e muitas outras”, finaliza André.