Por Pedro Fabiano*  

O domínio do conhecimento científico atual encontra-se num patamar que permite uma busca de soluções racionais para a problemática da geração da energia sustentável, bem como do risco iminente da escassez de água, no planeta de uma forma abrangente, e no Brasil em particular. Ao se lançar luz sobre a viabilidade da Energia Fotovoltaica, encontra-se no Brasil um grande potencial de insolação como recurso sustentável para conversão de energia para acionamentos de equipamentos. A Energia Solar, também denominada Energia Fotovoltaica, com o termo “foto” que significa luz e “voltaica” que determina a eletricidade, é viabilizada através da captação por painéis solares fotovoltaicos, os quais são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica.

Face à necessidade de se obter cenários que traduzam as condições favoráveis, ou não, deste binômio “recurso energético x resultado” torna-se fundamental a inclusão de uma metodologia de estudo sobre a viabilidade socioeconômica da Energia Solar. Isto pode ser feito através de uma base comparativa, avaliando-se a imprevisibilidade da insolação, por tratar-se de recurso natural que ocorre ao sabor das condições meteorológicas, e a possibilidade de combinações desta energia com as demais oferecidas atualmente, agregando-a a rede de abastecimento de energia.

Entende-se que a abordagem sobre a aplicação da energia fotovoltaica, como recurso sustentável para acionamentos de equipamentos, venha adicionar à sociedade uma contribuição relevante. Em termos práticos e construtivos, os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares, cujos elementos atuam na captação da luz do solar. A estes elementos se formalizou o termo “células fotovoltaicas”, que atuam através de uma diferença de potencial elétrico por ação da luz, em geral a solar. Estas células solares impõem um efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol, fazendo a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.

Nos aspectos estruturais dos painéis fotovoltaicos, compostos por células solares, tem-se o silício cristalino e o arsenieto de gálio como sendo os materiais mais frequentemente utilizados na produção, sendo que o silício é encontrado em abundância em nosso país. Acrescenta-se que os cristais de arsenieto de gálio são produzidos especialmente para usos fotovoltaicos, sendo que em termos econômicos, os cristais de silício resultam numa melhor alternativa. Já o silício policristalino, embora sendo uma opção de menor custo, não oferece um rendimento importante, uma vez que o mesmo tem uma percentagem de conversão menor.

No Brasil a Energia Solar pode ser aplicada de forma abundante, uma vez que temos um dos maiores índices de insolação do planeta, pois o sol é mais presente em nosso território nacional. Desta forma esta solução de Energia Sustentável, como alternativa às energias geradas por hidrelétricas e combustíveis a base de petróleo, é totalmente viável. Depende de nossas iniciativas no âmbito pessoal e de politicas públicas.

Prof. Pedro Fabiano, Engenheiro de Produção Industrial e coordenador do curso de Gestão Ambiental e Engenharia de Produção da Universidade Anhanguera de São Paulo, unidade ABC