• Veículo, único no mundo a equipar um motor elétrico e outro de tecnologia flexfuel, foi apresentado em cerimônia realizada no dia 22 de março no campus da Universidade de Brasília (UnB)
  • No evento, também foi celebrada entrega de unidade do híbrido Prius, terceira geração, à universidade, visando o desenvolvimento acadêmico de futuros profissionais

A Toyota encerrou, em 22 de março, a primeira etapa de testes no seu protótipo de veículo híbrido equipado com motor de combustão interna flexfuel. Para completar os mais de 1.500 quilômetros de percurso, que teve origem na cidade de São Paulo (SP), no dia 19 de março, o protótipo enfrentou variadas condições de estrada e clima e finalizou, com sucesso, esta fase inicial de testes de rodagem.

A partir da iniciativa, a equipe de engenharia da Toyota, que comandou a rota de São Paulo até o Distrito Federal, conseguirá reunir um conjunto de dados fundamentais para prosseguir na evolução e aprimoramento do projeto. A performance do carro na experiência em campo servirá essencialmente para ajustes na busca do balanço ideal de todo o conjunto.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o primeiro veículo híbrido equipado com motor flexfuel foi protagonista em cerimônia realizada no campus da Universidade de Brasília (UnB). O evento reuniu estudantes e docentes da escola de engenharia da UnB, representantes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), além do presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, e executivos da companhia.

A celebração marca abertura de um ciclo promissor de testes. Colocado à prova de durabilidade no trajeto, a avaliação preliminar do conjunto motor-transmissão, quando abastecidos com etanol, foi positiva, mesmo em meio ao exaustivo trajeto.

Disseminação nas universidades

O momento de celebração também foi realçado por outro importante ato da Toyota na sua missão de incentivar a disseminação da tecnologia híbrida no País. A marca concedeu uma unidade do Prius terceira geração, à Universidade de Brasília, de olho na formação de futuros profissionais no contexto das tecnologias de mobilidade para a sociedade do futuro.

O empréstimo do Prius para a UnB reforça o objetivo da Toyota em engajar a sociedade sobre os benefícios do uso massivo de tecnologias de mobilidade mais limpas e amigáveis ao meio ambiente. O Prius será utilizado por um grupo de professores e alunos dos cursos de engenharia, a fim de levantar pesquisas sobre o gerenciamento da propulsão de carros híbridos e contribuir com novas técnicas de controle.

A ação com UnB é fruto de outra bem sucedida iniciativa em prol do aprimoramento acadêmico das futuras gerações de engenheiros do Brasil. Em março de 2016, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo também recebeu uma unidade do modelo híbrido da Toyota.

Por lá, o Prius é utilizado pelo Grupo de Eletrônica Automotiva da Poli-USP, formado por professores de Engenharia de Sistemas Eletrônicos e de Engenharia de Energia e Automação, além de alunos de graduação, mestrado e doutorado.

Atualmente, a Universidade mantém uma disciplina dedicada a híbridos no curso de Mestrado do Programa de Engenharia Elétrica, inspirado no avanço dos estudos em torno desta unidade cedida pela Toyota.

Híbrido flex

O protótipo de veículo híbrido flex da Toyota é o primeiro do mundo a combinar um propulsor elétrico e outro flexível a gasolina e etanol. Para equipar os conjuntos harmonicamente, o projeto colocou lado a lado as equipes de engenharia da Toyota Motor Corporation, no Japão, e da Toyota do Brasil, para somar esforços e buscar sintonia entre as tecnologias.

O trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência, baixíssimos níveis de emissões e capacidade de reabsorção dos impactos de gás carbono, ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável. O protótipo foi construído sobre a plataforma do modelo Prius, usada como base para condução dos trabalhos. A marca ainda estuda possibilidades de produção desta tecnologia no Brasil no futuro.

O protótipo do primeiro automóvel híbrido flex faz parte de um conjunto de esforços da Toyota no cumprimento de metas ambientais ambiciosas, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. Adicionalmente, elucida a ambição da marca em produzir carros cada vez melhores, a fim de colaborar com a redução de impactos ambientais causados pelos automóveis o mais próximo possível ao nível zero de emissão.

Estudos preliminares realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados se mostraram ainda mais promissores.

Parceria para disseminação tecnológica

Parte dos esforços da Toyota na corrida para cumprimento de seu Desafio Ambiental 2050 passa, especialmente, pela necessidade de engajar e mobilizar parceiros de negócios que atuem em consonância com a visão em prol da mobilidade sustentável.

Inspirada por este propósito, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) tem apoiado o projeto por reconhecer o etanol como combustível eficiente em sistemas de propulsão avançados e adiciona a importância do biocombustível no combate ao aquecimento global e no cumprimento das metas ambientais do Brasil no Acordo Internacional do Clima (Cop21), estabelecido em 2015, em Paris, contando com a capacidade de produção e abastecimento da indústria sucroenergética brasileira.

A entidade reforça que o etanol está cada vez mais presente nas discussões ambientais mundiais voltadas para a descarbonização dos transportes. “Entendemos que estamos em um processo de transição para novos cenários de mobilidade sustentável e o etanol é parte deles. Nesse sentido, acreditamos que tecnologias inovadoras, como o veículo híbrido, podem fazer parte dessa transição coexistindo com os biocombustíveis, principalmente no Brasil, onde o consumidor dispõe de infraestrutura ampla de abastecimento”, completa Elizabeth Farina, presidente da UNICA.