De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 5% das ruas do país têm rampas de acesso para cadeirantes e, dos 24,5 milhões de deficientes, muitos necessitam de cadeira de rodas. A Ford possui extenso programa de mobilidade e incentiva seus empregados e a sociedade civil a desenvolver soluções e alternativas para atender o segmento. Uma das iniciativas é o Global Mobility Challenge (Desafio Ford de Mobilidade Global), no qual um brasileiro foi destaque.

Adriano Florêncio, engenheiro de processos da Ford Brasil, participou da competição e recorreu ao seu trabalho de conclusão de curso de engenharia para, junto com sua esposa, Natália Veroneze, apresentar o projeto da cadeira de rodas omnidirecional.

O projeto Omni Climber Wheelchair, submetido no desafio, consiste em uma cadeira utilizando rodas omnidirecionais, que pode se movimentar em qualquer direção, subir e descer escadas. A ideia do projeto é que a cadeira seja fixada na traseira do veículo nos moldes do estepe do EcoSport. A forma de acoplamento, por se tratar de um projeto conceito, seria feita com o auxílio do SYNC, sistema multimídia dos carros da Ford, e ainda está em estudo. Isso permite ao usuário maior mobilidade em espaços pequenos e com degraus, dando independência para locomover-se com seu próprio veículo.

“Estamos bem satisfeitos com o resultado, pois ficamos entre os melhores projetos com 81 votos. Dos dez vencedores do desafio, dois utilizaram conceitos presentes em nossa proposta”, disse Adriano Florêncio. “Estamos entusiasmados com o futuro da companhia e pretendemos continuar participando dos próximos desafios, já que esse teve um resultado tão positivo”, afirmou o engenheiro de Instrumentação, Automação e Robótica. O projeto foi, por sugestão da equipe de mobilidade, inscrito na plataforma de patentes Anaqua, o que contribuiu com o melhor posicionamento do Brasil e da Ford América do Sul no ranking global de patentes.

Adriano Florêncio, o engenheiro da Ford responsável pelo projeto de cadeiras de rodas omnidirecionais, explicou que ainda não foram definidas as matérias-primas para o projeto, o que requer um estudo detalhado de dureza, nível de ruído, fadiga, etc. Mencionou, ainda, que não há nada determinado sobre o peso, pois ainda não definiu a questão do acoplamento e como isso afetaria sua dinâmica.

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