Para atender às necessidades de seus clientes, empresa desenvolve projeto customizado, que eleva a capacidade de tratamento do esgoto sanitário e a eficiência do padrão de saída do efluente, como determina o CONAMA

 

O crescimento populacional e os desafios que as questões hídricas impõem, requerem atenção especial às atividades inerentes ao saneamento básico. Assim, com o intuito de atender às necessidades atuais de seus clientes, a Mizumo – empresa do Grupo Jacto, referência em soluções para tratamento de esgoto sanitário – desenvolveu um projeto customizado utilizando a tecnologia Integrated Fixed Film Activated Sludge (IFAS).

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que beneficia um bairro do município de Uberaba/MG, substituiu um antigo sistema de tratamento de esgoto, que se tornou subdimensionado diante do crescimento habitacional do local. O projeto da Mizumo tinha de apresentar uma eficiência do tratamento acima de 90% – contra 45% do sistema anterior.

A licitação vencida pela Mizumo em 2012 exigia remoção de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) por processos biológicos e atendimento aos parâmetros do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), o que resultou numa ETE com funcionamento em regime contínuo e flexibilidade operacional. No total, o sistema ocupa uma área de 26 mil m² e tem capacidade para tratar até 50 litros de efluentes por segundo, o que representa o esgoto gerado por aproximadamente 27 mil pessoas.

 

Nova tecnologia: desafio

Uma das características desejadas no sistema era o bom aproveitamento da área disponível para a ETE, que exigiu um projeto customizado, utilizando processos biológicos de tratamento e menor quantidade de tanques. Os parâmetros de saída do efluente tratado também eram um desafio e, diante disso, a Mizumo buscou uma tecnologia não disponível em seu portfólio: a Integrated Fixed Film Activated Sludge (IFAS), uma variação do processo de lodos ativados convencional, ou seja, um sistema de biomassa (microrganismos) fixa e biomassa suspensa, pela qual parte do lodo decantado no processo retorna ao reator aeróbio.

O sistema instalado é composto de várias etapas. Do pré-tratamento ao desaguamento é formado por gradeamento estático, peneira mecanizada, caixa de areia, decantadores primários, reatores aeróbios, decantadores secundários, tanque de contato e decanter. A ETE entrou em operação em dezembro de 2015.

Conjuntamente, o sistema permitiu a flexibilidade e a facilidade operacional, com processos totalmente automatizados e um sistema modular, que possibilita isolar partes da estação sem a interrupção total do tratamento – ou mesmo a ampliação da ETE, caso haja necessidade.

“Para a Mizumo, este contrato foi importante por incorporar uma tecnologia diferente daquela com que comumente trabalhamos, além de se tratar da maior solução já fornecida pela marca”, destaca Hélcio da Silveira, diretor da empresa. “O projeto foi um desafio e acrescentou um know-how significativo devido ao uso da nova tecnologia acoplada em nossos produtos, além de aprendizagem para gerenciar grandes obras”, completa o executivo.