O Ministério da Integração Nacional quer utilizar a energia solar para baratear os custos da transposição do rio São Francisco. De acordo com o ministro Antônio de Pádua, os custos com energia são da ordem de mais de R$ 40 milhões por mês, representando quase 80% da fase de operação. A obra vai levar água a 12 milhões de brasileiros, em 400 cidades e nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A expectativa é que até setembro os estudos de viabilização já estejam concluídos. “Já estamos em alguns estudos avançando e temos certeza que vamos encontrar a melhor solução para esse propósito de diminuir os custos”, disse Pádua, que participou de abertura da terceira edição do Brasil Solar Power, realizado nesta terça-feira, 12 de junho, no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, a grande faixa de extensão do projeto facilita o uso de energia solar na região. A transposição do rio São Francisco é a maior obra hídrica do país no momento, com 477 quilômetros somando todos os eixos e 200 metros de faixa de domínio. Ainda não há uma estimativa do montante de energia que poderá ser utilizado. Os estudos estão sendo feitos pela equipe técnica do ministério e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica é parceira, além do ministério de Minas e Energia. A fonte solar deverá ser usada na operação de canais e no forebay de barragens. “Vemos o projeto com muitos bons olhos e é uma prioridade nossa”, revelou o ministro. A transposição está com 96,4% de avanço operacional nos seus dois eixos, sendo 95% no eixo norte e o eixo leste já está com 100%.

Foto para Banco de Imagem: PISF / Ministério da Integração

Transposição do rio vai beneficiar 12 milhões de pessoas
O ministro também sinalizou a intenção de usar a fonte solar em projetos de irrigação ao longo do rio São Francisco. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba registra altos gastos com energia nessa atividade. “Queremos implantar energia solar nos perímetros irrigados e deixar em prática já nessa gestão”, avisa. O ministério também começa a avaliar a viabilidade do uso da fonte em outras obras para reduzir custos de modo que até o fim do ano algum projeto já esteja contemplado. (Canal Energia)