Índice alcançou 0,3% no mês passado na Grande São Paulo. No acumulado de 2015, a majoração chega a 2,73% em relação ao mercado nacional.

O preço dos materiais de construção na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), calculado por meio no índice INCC/SINAPI, do IBGE, desacelerou para 0,30% em agosto. No mês anterior o avanço dos preços se consolidou em 0,91%. Na comparação interanual, porém, registra-se uma inflação maior neste oitavo mês do ano, uma vez que no mesmo período de 2014 não houve alteração destes preços na região.

Evolução do custo de materiais de construção: São Paulo

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Fonte: IBGE

Considerando o acumulado de 2015, destes primeiros oito meses do ano, o índice que mede a variação de preços do setor da Construção Civil em São Paulo está em 5,05%. Ano passado a evolução dos preços estava em 3,82%. No desempenho nacional, o custo com materiais de construção avançou 0,21% em agosto e 2,73% no acumulado do ano. O custo médio por m² para construção civil, unindo-se o custo com materiais de construção e mão de obra, está em R$1.124,37, no Estado de São Paulo, e R$1.023,42, no Brasil.

Analisando os subitens do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) /IBGE de agosto, medidor oficial da inflação brasileira, observa-se que o revestimento de piso e parede foi o item que mais encareceu o setor da construção civil. O revestimento assumiu o “papel de vilão” em termos percentuais também no histórico da evolução de preços acumulados no ano e em doze meses.

Evolução dos preços de agosto por subitem do IPCA/IBGE – RMSP

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Fonte: IBGE

Dois cenários são distinguíveis dos números do Sinapi/IBGE de agosto. Primeiro, a consolidação de um avanço mais acelerado nos preços dos materiais de construção em 2015, em relação ao ano passado. Como o departamento de economia do Sincomavi já vem alertando, esta realidade está em consonância com os principais indicadores de preços do País. Tanto o INPC quanto o IPCA, do IBGE, beiram os 10% na taxa acumulada em doze meses. Se o primeiro cenário é apenas uma constatação da realidade econômica brasileira em 2015, o segundo é o que ocorre na margem dos índices. O avanço dos preços tende a desacelerar daqui pra frente. “É um movimento esperado e corriqueiro quando há uma forte retração dos agentes econômicos na propensão a consumir e investir”, comenta o economista Jaime Vasconcellos. “Isto é, os preços não crescerão no mesmo ritmo daqui para frente devido a uma estagnação econômica”. Ou seja, demanda enfraquecida, preços menos salgados.