Da esquerda para a direita: Celso Petrucci (presidente da CII/CBIC); Carlos Eduardo Lima Jorge (presidente da COP/CBIC); José Carlos Martins (presidente da CBIC); Eduardo Guardia (ministro da Fazenda); Fabio Kanczuke (secretário de Política Econômica) e Flavio Amary (presidente do Secovi-SP), em São Paulo

 

Em mais uma iniciativa do setor para resolver questões que impedem o crescimento da construção civil e do mercado imobiliário nacional, representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estiveram nesta semana, em São Paulo, com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário de Política Econômica (SPE), Fabio Kanczuk. Foi levado à equipe econômica um conjunto de apreensões do setor, como a falta de crédito para o financiamento à produção, os aumentos sucessivos dos preços do asfalto, o fim do Regime Especial de Tributação (RET) em dezembro deste ano e as constantes propostas de desvio do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O retorno sobre as questões apresentadas será conhecido nos próximos dias. De qualquer forma, a CBIC se reunirá na semana seguinte com o secretário Fabio Kanczuk para dirimir eventuais dúvidas”, menciona o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Indutor de emprego e renda, o setor da construção sofre a falta de crédito para produção. Buscando uma solução para o problema, principalmente em razão do difícil momento vivenciado pelas empresas construtoras e da dificuldade de acesso aos recursos, a entidade reforçou à equipe financeira a importância do governo estabelecer mecanismos que deem segurança tanto para os bancos investirem quanto para o setor produzir, na linha de novos critérios de governança, de transparência, de auditoria e de seguros. “É um debate que precisa ser feito neste momento”, apontou o executivo. O assunto também foi tratado esta semana com o diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Otávio Ribeiro Damaso. “O setor voltará a se reunir no próximo mês de agosto com representantes do governo federal, do Bacen e dos bancos para buscar uma solução para a questão”, informa Martins.