De acordo com dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado, a indústria começou a dar sinais de melhora, o que pode representar a retomada da economia, se o equilíbrio e a estabilidade se mantiverem constantes nos próximos meses. A produção de móveis em volumes no Brasil pulou de 31,3 milhões para 34,9 milhões em março, um crescimento de 12,2% se comparado a fevereiro. No Rio Grande do Sul, o resultado também foi positivo. De 5,5 milhões de peças, passou para 6,5 milhões, aumento de 19%. A produção na indústria de transformação apresentou alta de 13,4% e, no ano, recuo de (-) 0,5%. O consumo aparente de móveis somou 34,5 milhões, alta de 12,1%. O Estado manteve a linha de crescimento, chegando a 6,2 milhões, 19,1% a mais que em fevereiro. Outro item que apresentou leve melhora em março foi o de participação dos móveis no Brasil. Os importados passaram de 2,1% para 2,2% e os exportados de 3,3% para 3,4%.

No Rio Grande do Sul, os móveis importados mantiveram 0,9% de representatividade junto ao consumo interno. Já os exportados tiveram pequeno aumento, de 5,1% para 5,3%. A produtividade teve alta de 1,5% na indústria moveleira e de 5,7% na indústria de transformação. E, após sofrer com um 2016 de instabilidade e iniciar o ano com resultados negativos, o setor de vendas do comércio varejista de móveis começa a demonstrar reação. Pela primeira vez no ano, os números são positivos, com alta de 21,8% em volume de peças e de 21,5% nos valores das receitas. O Rio Grande do Sul também acompanhou o crescimento de 14,1% em volume e 13,8% em valores.

Com relação a geração de empregos, o cenário favorável muda. Este foi um dos poucos segmentos que apresentou redução, com queda de 0,7% para o setor de móveis e alta de 0,3% na indústria de transformação. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED, foram fechadas 358 vagas de trabalho no setor em âmbito nacional, caindo para 230.804 postos, o que representa uma diminuição de 0,2%. O panorama também não foi de crescimento no Rio Grande do Sul, que teve 155 postos de trabalho fechados, consolidando 33.334, cerca de 0,5% a menos.

No Brasil, a média salarial teve desvalorização de 2,1% em março. Já na indústria de transformação, houve valorização de 3,4%.

Presidente da Movergs, Volnei Benini. Crédito da foto: Evandro Soares

De acordo com o presidente da Movergs, Volnei Benini, as indústrias estão fazendo a sua parte, através do trabalho e dos constantes investimentos. “A crise econômica instaurada nos últimos anos está fazendo com que o setor moveleiro passe por um processo de reposicionamento e de busca de novos nichos”, finaliza.