A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nesta quarta-feira, 08, a edição de seu índice de julho. Como destaques da pesquisa, o número revisado do índice de junho e a alta de 3,7% no faturamento em julho, comparado ao mesmo mês do ano anterior. Os resultados aferidos indicam manutenção da tendência de recuperação do setor no ano, mesmo considerando externalidades enfrentadas como a greve dos caminhoneiros ocorrida e o novo patamar cambial.

Como previsto na última edição do Índice, o resultado real de junho foi superior ao estimado, e atingiu crescimento de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior (versus a previsão anterior de queda de 4,7%), confirmando que parte das vendas não realizadas em maio em função da greve dos caminhoneiros foram adiadas para o mês seguinte e capturadas pela metodologia FGV, que utiliza dados do IBGE como base.

O mês de julho, já mais distante da externalidade da greve, foi de continuidade da tendência de crescimento do setor, apontando aumento de 5,7% no faturamento em relação ao mesmo mês do anterior. Em relação ao número revisado de junho, o crescimento foi de 1,1%, fazendo com que o crescimento acumulado no ano, em relação ao mesmo período no ano anterior, atinja 1,7%. O resultado está em linha com a projeção de crescimento acumulado anual de 1,5%, mantida pela associação desde o início de 2018.

O emprego na indústria de materiais de construção segue rumando para uma reversão de tendência. O acumulado no ano agora é de -0,9%, melhor resultado desde janeiro. No mês anterior, o ano acumulava redução de -1,2% no número de vagas. Foi o segundo mês consecutivo em que a redução de vagas na indústria de materiais de construção diminui.

“Como já havíamos indicado, a nova pesquisa do índice aponta uma retomada, ainda que tímida, do crescimento da indústria de materiais de construção. A ABRAMAT segue não apenas torcendo por uma melhora do setor, mas atuando efetivamente junto a todos seus interlocutores com diagnósticos e propostas para auxiliar a retomada do crescimento, acreditando na possibilidade de desenvolvimento sustentável do setor e do país.” comenta Rodrigo Navarro, presidente da associação.