Volumes importados superam 7,2 milhões de toneladas,
com forte alta de compras de fertilizantes

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 3,2 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro bimestre de 2017, as importações de produtos químicos, de praticamente US$ 5,3 bilhões, registraram uma elevação de 6,2% em relação ao mesmo período de 2016. Já as exportações, de US$ 2,1 bilhões, apresentaram crescimento de 14,0% na mesma comparação.

Especificamente no mês de fevereiro, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,57 bilhões, um decréscimo de 6,8% em relação ao mesmo mês no ano passado. Já as exportações atingiram praticamente US$ 1,0 bilhão, equivalentes a uma retração de 8,2% em igual comparação.

Puxada por forte alta de 64,7% em valor e de 93,9% em volume importado, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de compras externas brasileiras de produtos químicos, com aquisições de US$ 1,0 bilhão e de 4,6 milhões de toneladas no primeiro bimestre deste ano. Já as resinas termoplásticas foram os produtos químicos mais exportados pelo País com vendas de US$ 395,4 milhões, um aumento de 9,4% em relação ao primeiro bimestre de 2016.

Nos últimos 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), o déficit em produtos químicos é de praticamente US$ 22,1 bilhões, fato que deve ser circunstanciado pela tendência de retomada de importações verificada nos últimos meses, mas a preços muito abaixo do histórico verificado nos últimos anos. “Desde o último trimestre de 2016, é inquestionável a intensificação do volume das importações brasileiras de produtos químicos, principalmente daqueles relacionados ao agronegócio. Essa é uma das grandes preocupações para a indústria química no contexto da possível retomada econômica que se espera para 2017, uma vez que, caso os preços médios estivessem nos níveis verificados nos últimos anos (atualmente estão 48,6% menores em relação ao preço médio de 2013), o déficit setorial poderia ter sido recorde para os primeiros meses do ano”, alerta a Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.