A Federação  das Indústrias do Rio de Janeiro,a FIRJAN,  tem um papel atuante no mercado de óleo e gás  e também na indústria naval . A atuação de sua gerente responsável por este setor, Karine Fragoso, sempre mereceu um olhar atento do mercado. Um trabalho de muita credibilidade. Por isso mesmo o Petronotícias conversou com ela para saber suas opiniões sobre os acontecimentos no ano de 2018 e quais serão as Perspectivas para 2019. Vamos saber o que ela pensa sobre essas questões:

– Como analisa os acontecimentos de 2018 em seu setor?

– Renovadores. O ano de 2018 foi um ano de importantes avanços no mercado de petróleo e gás nacional. Renovando nossas expectativas e nossos esforços sempre no melhor sentido de nossas escolhas.  Somente com a realização dos leilões de petróleo, o governo arrecadou em bônus de assinatura mais de 30 bilhões de reais, o que mostra a atratividade do mercado que trouxe de volta empresas internacionais interessadas no país. O sucesso destes e a participação de investidores internacionais confirmam também a competitividade do nosso pré-sal frente a outras reservas mundiais. As expectativas são altas.

A oferta permanente de áreas e o Novo Repetro, contemplando as aquisições nacionais, também foram conquistas para a indústria. No âmbito do estado, o sucesso dos leilões foi ainda maior, já que mais de 80% das áreas arrematadas ficam em áreas fluminenses. Na Firjan, além da construção da nova ONIP, contribuímos com nossa visão por meio da elaboração de algumas publicações. Anualmente, lançamos um anuário de petróleo, com análise sobre as oportunidades, desafios e dados mais relevantes do petróleo, além das perspectivas para o próximo ano. Temos também um documento específico para o mercado de gás, outro sobre a área naval e um quarto estudo sobre o ambiente onshore. Ademais, organizamos diversos eventos no decorrer do ano. Com destaque para as três séries. Na primeira trazemos os principais operadores para apresentarem suas visões sobre o Brasil. Na segunda, grandes demandadores apresentam seus requisitos de compra e na terceira série, as tendências e inovações identificadas e adotadas são os temas para empresas que dialogam com os mercados de petróleo, gás e construção naval.

 

– Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

 – O país precisa de continuidade nas ações pró-mercado. Além das reformas macro estruturais, precisamos continuar buscando a melhoria da competitividade global da nossa indústria. A manutenção do calendário regular de leilões de petróleo, bem como o estímulo ao desenvolvimento tecnológico com a maior utilização dos recursos da cláusula de PD&I,  são fundamentais para a dinamização do mercado e manutenção de uma curva de aprendizado que traz mais produtividade.

Outro importante tema diz respeito ao processo de licenciamento ambiental, processo fundamental para o desenvolvimento das atividades das empresas, que precisa oferecer previsibilidade, reduzindo o risco para o investidor e para a sociedade, que espera ver esses recursos transformados de fato em riquezas para todos.

Outro ponto imprescindível é ampliar ainda mais a participação do gás natural na matriz energética brasileira, que tem um papel na sustentabilidade e transição na matriz energética, com a descarbonização e a descentralização de suas atividades.

As soluções para o Brasil passam por geração de emprego e renda, e o mercado de petróleo é a grande oportunidade de voltarmos a alavancar nossa economia, construindo infraestrutura adequada e suportando a ampliação das competências profissionais locais em resposta às suas demandas.  

 

– O que espera do Governo Bolsonaro? Está pessimista ou otimista?

 Sempre otimista. Estamos sempre dispostos a trabalhar juntos para o melhor resultado para todos. As sinalizações econômicas tem sido positivas e esperamos que o Brasil volte a ocupar sua merecida posição de destaque no mundo nos próximos anos. (Petronotícias)