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Iniciativa pioneira da BASF avalia sustentabilidade na produção de tintas e vernizes
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Desenvolvido pela Fundação Espaço ECO (FEE), projeto envolveu mais de mil colaboradores e traz indicadores concretos da evolução da ecoeficiência da unidade em São Bernardo do Campo (SP), onde é produzida a tinta Suvinil
A BASF, importante empresa química, acaba de concluir um projeto pioneiro com foco em sustentabilidade, em sua unidade localizada em São Bernardo do Campo (SP), que produz tintas, resinas, esmaltes e vernizes, incluindo os produtos da marca Suvinil. O Demarchi+Ecoeficiente, foi destinado a medir e otimizar os processos realizados na localidade, com foco na melhoria contínua e na implementação de uma gestão cada vez mais ecoeficiente. O estudo foi realizado em parceira com a Fundação Espaço ECO (FEE).
O projeto Demarchi+Ecoeficiente foi realizado em duas frentes. Em uma delas, a vertente educacional promoveu a conscientização de aproximadamente 1,2 mil colaboradores, além de seus familiares, como requisito para o processo de internalização do conceito de ecoeficiência. Esta atividade ajudou os participantes a entender como podem contribuir para a sustentabilidade do seu próprio comportamento, tanto na residência como no local de trabalho.
A outra frente envolveu o processo de gestão, com um diagnóstico dos impactos ambientais e econômicos gerados, utilizando a ferramenta Análise de Ecoeficiência, desenvolvida pela BASF e certificada pela TÜV Rheinland, instituto alemão para inspeção técnica e certificação. Nela, foi avaliada a produção por tonelada de produto acabado ao longo dos anos de 2010, 2011 e 2012, compreendendo os impactos em todo o ciclo de vida, incluindo a pré-cadeia e a fabricação do produto final. A iniciativa trouxe indicadores concretos em várias categorias, tais como custos com energia, eliminação de resíduos, emissões e consumo de recursos, ampliando assim o entendimento a respeito da sustentabilidade.
“Estamos sempre preocupados e investimos constantemente na melhoria da qualidade de nossos processos de produção. A análise demonstra a maturidade da BASF no negócio de tintas e vernizes no Brasil. Ela mostra algumas maneiras inteligentes e formulações que trarão inovações para a indústria, não somente em termos de atributos diretamente percebidos pelo consumidor, mas, também, mais sustentáveis”, afirma Antonio Carlos Lacerda, vice-presidente sênior de Materiais & Soluções Funcionais, Automotivo e Construção da BASF para América do Sul.
Resultados
Pode-se concluir que o Complexo Industrial de Tintas e Vernizes em São Bernardo do Campo está em constante evolução de sua ecoeficiência, impulsionada principalmente pelo melhor desempenho no quesito ambiental. Para os próximos anos, pretende-se trabalhar mais os aspectos econômicos, para um melhor equilíbrio entre esses fatores.
Uma das iniciativas gerou uma economia de cerca de R$ 2 milhões em solventes recuperados por ano. Em outra ação, para diminuir os impactos das matérias-primas importadas, foi alcançada uma redução de cerca de R$ 145 mil por ano, por meio da reutilização de um resíduo gerado no processo de produção da tinta.
“Há muitos anos a BASF realiza Análises de Ecoeficiência em seus produtos e processos, mas esta foi a primeira vez que a empresa realizou o estudo em uma unidade inteira”, afirma Ditmar Nachtigal, diretor de Operações de Tintas da BASF para a América do Sul. “O estudo fornece informações que permitem ver e acompanhar o processo de produção de uma forma integrada. É uma ferramenta que traz dados concretos para a tomada de decisão, considerando dados econômicos e ambientais com seus impactos e benefícios”, acrescenta.
As principais conclusões do projeto mostram que quando a educação é discutida dentro do processo de gestão, o tempo de resposta é reduzido pela metade, quando comparado com projetos que não envolvem ferramentas educativas. Isso mostra como o processo de engajamento dos colaboradores é fundamental para a sustentabilidade de uma empresa.
De maneira geral, a pré-cadeia provou ser muito influente sobre resultados da Análise de Ecoeficiência. Do ponto de vista econômico, houve um aumento de 5% no custo de matérias-primas, diretamente influenciado pela oscilação do custo dos insumos importados. Isso mostra a importância de iniciativas, como o Together for Sustainability, no qual as avaliações e auditorias de fornecedores são realizadas por peritos independentes, com objetivo de melhorar os padrões de sustentabilidade na cadeia global de fornecimento da indústria química.
“Observamos que 2012 apresentou o melhor desempenho em quase todos os aspectos ambientais. O grande diferencial desta iniciativa é que ela demonstra como a empresa está interessada em sua melhoria contínua. Estamos falando de uma visão holística e não da comparação de apenas um aspecto da oferta de cadeia”, destaca Roberto Araújo, diretor presidente da FEE®.
Os estudos mostram que houve uma redução de 8% nas emissões atmosféricas. Em 2011, por exemplo, ocorreu uma redução significativa de 15% de CO2 equivalente, que se manteve no ano seguinte.
Na produção de tintas automotivas, as iniciativas foram postas em prática, entre 2012 e 2013, a fim de reduzir o consumo de solvente in natura. Por meio da Análise de Ecoeficiência, foi possível mensurar os ganhos econômicos e ambientais diretos e indiretos. Considerando toda a cadeia de valor, as ações foram capazes de chegar, por exemplo, a redução estimada de mais de 6 milhões de litros de água, o que equivale a 3,2 mil caixas d’água de 2 mil litros. Outra conquista foi a redução no consumo de energia, que registou uma economia de 8 milhões de MJ. Esta energia é estimada para atender a demanda de 874 casas com quatro moradores no período de um ano.
“Com isso, é possível identificar a alternativa mais eficiente, simular cenários, gerar gráficos e identificar pontos fortes e fracos para a comparação de dados de ecoeficiência, auxiliando de forma direta na tomada de decisões da planta”, enfatiza Ditmar.
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