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Anamaco: Vendas de material de construção reagem no Nordeste e Centro-Oeste em julho

 

No levantamento nacional, desempenho foi estável no mês. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, setor apresenta estabilidade, sem registrar crescimento

As vendas de material de construção cresceram 7% e 8%, respectivamente, nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e 2% no Sudeste no mês de julho. Já o Norte e o Sul apresentaram retração de 9% e 7%. As lojas médias tiveram um ligeiro crescimento de 2% no mês, enquanto as grandes retraíram 2%. Os médios estabelecimentos apresentaram estabilidade no período.

Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 28 a 31 de julho e a margem de erro é de 4,3%.

No levantamento nacional, as vendas do setor tiveram desempenho estável em julho, na comparação com junho. "No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresenta estabilidade, sem registrar crescimento. Também precisamos ressaltar que o mês de julho do ano passado foi um mês de vendas mais expressivas, porque sucedeu a realização da Copa do Mundo no país, período em que as lojas acabaram fechando durante mais dias úteis do que o normal por conta dos jogos. Como o consumidor não estava comprando durante os jogos, ele acabou postergando as compras para o mês seguinte. Justamente por isso, a comparação do desempenho de julho de 2015 com o de 2014 não pode ser feita sem analisarmos esses fatores”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Entre as categorias pesquisadas, os destaques foram para revestimentos cerâmicos e tintas, que cresceram 3% cada. Metais sanitários mantiveram o mesmo patamar de vendas de junho e os segmentos de cimentos e telhas de fibrocimento registraram retração de 6% e 4%. “Segundo os lojistas que tiveram crescimento nas vendas do mês, pisos foi um dos segmentos que mais impulsionou os resultados de julho. Eles também afirmaram que fizeram promoções e procuraram reduzir preços para garantir resultados positivos. Graças ao trabalho dos lojistas, a inflação que tanto assusta os consumidores ainda não está se refletindo nos preços dos materiais, porque os estabelecimentos estão retardando ao máximo o repasse dos aumentos para os consumidores por causa de seus estoques e por entenderem a importância de adequarem os preços aos orçamentos dos clientes”, completa Conz.

O presidente da Anamaco, que também é membro do Conselho Curador do FGTS e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, lembra, no entanto, que o cenário vai se tornar um pouco mais complicado para o crescimento do varejo no segundo semestre:

“Com o movimento de aumento de preços no primeiro trimestre e a revisão de custos de muitos setores, vai ser inevitável que as lojas comecem a repassar esse custo ao consumidor, o que pode chegar a 6,5% no acumulado ano. Por isso, o momento ideal para se comprar material de construção é agora. O nosso crescimento no ano vai depender do nosso desempenho no último trimestre, mas por enquanto continuamos com a expectativa de crescermos 3% em 2015”, afirma.

Cerca de 46% dos lojistas que participaram da pesquisa acreditam que devem ter aumento de vendas no mês de agosto. O estudo também indicou que o otimismo do setor com relação às ações do Governo Federal cresceu ligeiramente (de 17% para 20%). Já a pretensão de novos investimentos cresceu 27% no mês, com destaque para o Centro-Oeste, onde 44% dos entrevistados disse que pretendem investir nos próximos 12 meses.

Em 2014, o varejo de material de construção registrou um faturamento recorde de R$ 60 bilhões. 

 

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