Castem, empresa japonesa, tem planos de investimento na Colômbia. Incentivos fiscais e talento tornaram o país interessante para o investimento

Facilidade na hora de contratar, uma elevada capacidade técnica, incentivos e rendimentos para as empresas que contratam novos funcionários com menos de 28 anos e mulheres com mais de 40 anos e empresas que contratam mão de obra com habilidades especiais são algumas das atrações que as multinacionais estão encontrando na Colômbia.
A empresa Castem, especializada em lançar ferramentas de precisão, vai investir R$ 4,2 milhões na construção de uma fábrica na zona franca Intexzona, localizada no oeste de Bogotá. Esta empresa já tem pontos nas Filipinas e na Tailândia. A fábrica na Colômbia será a primeira fora da Ásia. O anúncio foi feito pela presidente da ProColombia, María Claudia Lacouture, na sequência da sua visita a Tóquio, no final de março, onde se reuniu com investidores de diversos setores e os principais importadores de alimentos do Japão para fortalecer as relações comerciais entre os dois países.

Durante a visita, a ProColombia mostrou para as companhias japonesas o potencial da Colômbia como o fornecedor e destino de investimento.Além do investimento no país, a Castem planeja produzir componentes na planta da Colômbia para os fabricantes de dispositivos médicos dos EUA, por isso, irá estabelecer um escritório de vendas em Houston, em maio. A estratégia também se beneficia de acordos comerciais entre os dois países.

"Além de gerar empregos de qualidade, este investimento irá facilitar a transferência de tecnologia para a indústria de ferramentas de precisão, bem como a inovação e o conhecimento do Japão, o primeiro investidor asiático na Colômbia", disse o presidente da ProColombia, María Claudia Lacouture.

De acordo com a análise da ProColombia, o Japão, além de máquinas industriais, pode investir no setor de alimentos processados, biocombustíveis e serviços de petróleo. E de acordo com dados do Banco da República, em 2014, o investimento do Japão na Colômbia totalizou 47,5 milhões dólares, principalmente, nos setores automotivo e de metalurgia.

Da mesma forma, o clima de investimento na Colômbia tem sido uma das razões pelas quais diferentes e novos mercados estão se interessando no país, que tem sido destaque em diferentes áreas. O índice Doing Bussiness 2015, elaborado pelo Banco Mundial para medir a facilidade de fazer negócios em um país, classificou a Colômbia como um líder na região, o que representou uma escalada de nove lugares em relação ao ano anterior. Este estudo destaca as vantagens de investir na Colômbia como o crescimento constante da economia, que em 2014 foi superior a 4,2%. Também, a localização geográfica do país, a mão-de-obra qualificada e o desenvolvimento de infraestrutura são outros atrativos para os investidores.

Mais recentemente, o informe Ciudades de América del futuro 2015-2016, da unidade de inteligência do britânica do Financial Times, publicou o ranking das melhores cidades para se investir. Bogotá foi a terceira na América do Sul na classificação. De acordo com o relatório, a capital da Colômbia tem um ecossistema digital para promover a cidade como um destino atraente, o que aumenta os esforços de diferentes instituições da cidade, para apresentar ao mundo uma cidade desenvolvida e competitiva.