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Vendas de material de construção crescem 2% em março

 

Lojas de todos os portes apresentaram crescimento tímido. Regiões Sul, Norte e Centro-Oeste foram as com maior destaque

As vendas do varejo de material de construção cresceram 2% em março, com relação a fevereiro. A informação é do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco, divulgado nesta terça-feira, 01 de abril. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 24 e 27 de março e a margem de erro é de 4,3 pontos percentuais.

Segundo a pesquisa, o crescimento registrado em março não acompanhou a tendência dos anos anteriores, quando houve grande retomada das vendas. Na comparação março de 2014 sobre março de 2013, as vendas ficaram 6% abaixo.

“Tivemos um comportamento atípico do setor, com alguns segmentos registrando queda de vendas e que haviam apresentado um grande crescimento em fevereiro. É o caso do aço, que retraiu 11%, revestimentos cerâmicos (-5%) e portas e janelas de alumínio (-6%)”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Enquanto a maioria dos setores manteve o mesmo volume de vendas no mês, metais sanitários, cimento e fechaduras e ferragens foram os segmentos que apresentaram maior crescimento.

No levantamento por regiões, o Sul foi o que teve melhor desempenho, com 28% das lojas apresentando crescimento. Em seguida vieram a regiões Norte (26%), Centro-Oeste (25%) e Nordeste (21%). O Sudeste foi a região com menor desempenho em março, com apenas 16% das lojas registrando aumento de vendas.

“Apesar dos resultados apresentados nesse trimestre, continuamos com uma expectativa positiva para o ano de 2014. Acabamos de realizar a Feicon Batimat, com uma antecipação de negócios no valor de 400 milhões de reais, batendo todos os recordes já registrados nos 20 anos do evento, e temos agora uma corrida para finalizar as obras para a Copa do Mundo. Está havendo, também, um movimento para reformar a casa e deixá-la em ordem para receber a visita de parentes e amigos para o evento, isso sem falar nas pessoas que estão alugando o seu imóvel no período da Copa, visando atrair turistas interessados em hospedagens mais baratas e acolhedoras. Tudo isso traz movimento às lojas do nosso setor”, explica Conz.

Segundo ele, outros fatores como o crescimento da renda e do emprego continuam afetando diretamente o comércio do setor. “Além disso, a expansão do crédito imobiliário, com juros atrativos, baixo índice de inadimplência e aumento do limite do uso do FGTS para financiamentos, devem permitir que o setor continue crescendo em 2014. Cada imóvel residencial novo entregue gera demanda para a loja de material de construção do bairro, ou porque o proprietário precisa dar um toque especial no acabamento, ou trocar a louça sanitária ou o piso. E antes de comprar um imóvel novo, ele provavelmente saiu de um imóvel antigo, que também vai precisar ser reformado para abrigar uma nova família”, diz o presidente da Anamaco.

O levantamento da Anamaco ainda revela que 57% das lojas acredita que irá recuperar parte das vendas já em abril. Cerca de 49% deles devem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses e, um em cada quatro estabelecimentos pretende contratar novos funcionários no próximo mês.



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