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Déficit em produtos químicos mantém marca de U$ 32,0 bilhões em doze meses
Pressões cambiais desaceleram compras externas de produtos químicos desde julho
O déficit na balança comercial de produtos químicos, nos últimos 12 meses, até outubro, alcançou US$ 32,0 bilhões. De novembro de 2012 a outubro deste ano, o Brasil importou US$ 46,2 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 14,2 bilhões. Na comparação com os 12 meses anteriores (novembro de 2011 a outubro de 2012), as importações cresceram 7,9% e as exportações tiveram queda de 6,1%.
Em outubro, foram importados US$ 4,2 bilhões em produtos químicos, valor 2,3% inferior ao registrado no mesmo mês de 2012. As exportações, de US$ 1,3 bilhão, diminuíram 3,8%, na mesma comparação. Frente a setembro deste ano, as importações avançaram 8,0% e as exportações 6,8%. No acumulado de janeiro a outubro, as importações somaram US$ 38,7 bilhões e as exportações chegaram a US$ 11,9 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2012, as compras externas cresceram 9,2% ao passo que as exportações recuaram 4,8%.
As resinas termoplásticas, com vendas de US$ 1,7 bilhão, foram os produtos químicos mais exportados pelo País de janeiro a outubro de 2013. Em relação ao mesmo período de 2012, entretanto, as vendas externas de resinas recuaram 10,7%. Os intermediários para fertilizantes permaneceram como o principal item da pauta de importações químicas, respondendo por 17,9% do total das importações de produtos químicos. Nos primeiros dez meses do ano, as compras desses produtos somaram US$ 6,9 bilhões, valor 7,2% superior ao de igual período de 2012.
Para a diretora de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, a estabilização do déficit em produtos químicos nos últimos meses se deve particularmente aos efeitos da valorização do dólar frente ao real, o que tem promovido uma desaceleração das compras externas e proporcionado melhores condições para as exportações brasileiras. “No contexto da manutenção da valorização do dólar (cotado entre R$ 2,20 e R$ 2,30), recalibramos nossas projeções sobre o déficit em produtos químicos, que deverá se manter estabilizado em US$ 32,2 bilhões até o final do ano”, aponta Denise.
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