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Vendas de material de construção caem 5% em maio


Desempenho do setor no ano está 3% acima das vendas no mesmo período do ano passado

A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) divulgou os resultados do estudo mensal desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com relação ao desempenho de vendas do setor no mês. De acordo com a pesquisa, as vendas de material de construção de maio retraíram 5% em relação ao mês de abril. Na comparação maio de 2013 sobre maio de 2012, o desempenho foi 2% acima.

“Os números refletem um desempenho aquém do esperado pelos lojistas, mas tivemos uma recuperação muito importante nas vendas de aço, ainda que pequena. Já cimentos registrou queda, seguido por revestimentos cerâmicos e tintas”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. “Por outro lado, portas e janelas de alumínio foi o setor que mais cresceu no mês seguido por iluminação”, completa.

Mesmo com a retração registrada em maio, o desempenho do setor nos primeiros cinco meses do ano está 3% acima do registrado no ano passado. “Nos últimos 12 meses registramos um crescimento 3,5% superior”, revela Conz.

Ainda de acordo com a pesquisa as regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os melhores resultados e  41% e 32% dos lojistas, respectivamente, venderam mais do que no mês anterior.

“O estudo indica que 39% das grandes lojas registraram crescimento, frente a 28% das pequenas e médias. Para junho as previsões são de um resultado bem próximo dos deste mês, principalmente nos segmentos de aço, revetimentos e cimento. Já tintas, metais, telhas e caixas d’água, fechaduras e portas de alumínio devem ter aumento de vendas”, revela Conz.

A pesquisa também mostra o índice de otimismo do setor com relação ao Governo. “Esses números continuam caindo. Tínhamos 53% em janeiro e, agora, registramos 39% em maio. Ainda assim, 57 % dos lojistas têm planos de investir em 2013 e 25% deles devem contratar mais funcionários já no próximo mês”, afirma o presidente da Anamaco.

Segundo Conz, uma das causas da queda de desempenho do setor e de diminuição do otimismo com relação ao Governo é a baixa oferta de crédito. “O Banco do Brasil lançou um ambicioso programa de crédito no final do ano passado, mas ainda não consegui aplicar os R$ 10 bilhões disponíveis. Fora isso, a  Caixa Econômica Federal também vem perdendo terreno com o Construcard, por liberar a linha de financiamento para o consumidor e depois voltar atrás, cancelando a operação com as lojas quando o tomador fica inadimplente. Esta ação equivocada do banco está ocasionando uma diminuição no número de lojas que operam a linha Construcard”, completa Conz.

Segundo expectativa da Anamaco o setor de material de construção deve crescer 6,5% sobre 2012, quando registrou um faturamento de R$ 55 bilhões. 



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