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Produção industrial supera expectativas e sobe 1,8% em abril
Após reagir de fevereiro para março, a produção da indústria manteve a mesma tendência e cresceu 1,8% em abril na comparação livre de influências sazonais (típicas de cada período) com março.
O dado, primeiro indicador econômico do segundo trimestre a ser divulgado, é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado de abril ficou acima das expectativas mais otimistas de analistas. Doze consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor esperavam, em média, avanço de 0,9% na produção, com as estimativas variando de 0,5% a 1,7%. Outros 23 analistas consultados pela agência Reuters previam avanço de 1%, em média, sendo que as projeções variaram de 0,49% a 1,7%.
Editoria de Arte/Folhapress |
Na comparação com abril de 2012, a produção industrial avançou 8,4%. Na base de comparação anual, a indústria teve seu melhor desempenho desde agosto de 2010 (8,6%), quando o setor vivia um ano de reação pós-crise global de 2008 e 2009.
Com esse resultado, o setor acumula uma alta de 1,6% de janeiro a abril. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a indústria registra queda 1,1%, ainda sob efeito do fraco desempenho do ano passado.
SETORES
De março para abril, os destaques positivos ficaram com os setores de veículos automotores (8,2%), máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%).
Já as quedas mais significativas foram as dos ramos de bebidas (-5,9%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-6,5%).
Entre as categorias, deram o maior impulso à produção os bens de capital (compostos por máquinas e equipamentos), com alta de 3,2%, ao lado dos bens de consumo duráveis, com expansão de 1,1%, puxados pela produção de veículos, que teve a maior alta desde março de 2012.
Segundo o IBGE, a melhora de ritmo da produção foi espalhada pela maior parte dos setores. Dos 27 ramos pesquisados, 17 registraram crescimento. Outras altas de destaque ficaram com edição e impressão (4,6%), perfumaria e produtos de limpeza (9%) e papel e celulose (1,8%).
O mesmo perfil generalizado de crescimento ocorreu entre as categorias de produtos: todas tiveram alta. Além dos avanços de bens de capital e de bens duráveis, também tiveram taxas positivas bens intermediários (0,4%) e bens semi e não duráveis (0,9%). Este último setor sofreu impacto positivo da melhora da produção da indústria de alimentos.
VEJA O DESEMPENHO POR SETOR
CATEGORIA |
CRESCIMENTO (em %) |
|||
Abr.13/mar.13* |
Abr.13/abr.12 |
Acumulado em 2013 |
Acumulado em 12 meses |
|
Bens de capital |
3,2 |
24,4 |
13,4 |
-4,4 |
Bens intermediários |
0,4 |
5 |
0,4 |
-0,9 |
Bens de consumo |
1,8 |
7,5 |
-0,2 |
-0,2 |
(bens de consumo duráveis) |
1,1 |
14,9 |
4,5 |
1,4 |
(bens de consumo semiduráveis e não duráveis) |
0,9 |
5,2 |
-1,6 |
-0,7 |
Indústria geral |
1,8 |
8,4 |
1,6 |
-1,1 |
*série com ajuste sazonal
Fonte: IBGE
ALENTO
Em março, a produção industrial havia apresentado expansão de 0,8% embalada pelo crescimento de veículos e bens de capital (máquinas e equipamentos), numa reação após a queda de 2,48% em fevereiro, a maior desde 2008.
Os dados da indústria trazem algum alento após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que registrou alta de 0,6%, abaixo de todas as previsões. O próprio governo esperava uma expansão de 0,9%.
Fonte: Folha/ Pedro Soares
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