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Exportações de calçados registram leve desaceleração em junho


No terceiro posto aparece a França, com a importação de 3,17 milhões de pares que renderam US$ 33,65 milhões

As exportações de calçados brasileiros tiveram uma leve queda no mês de junho, tanto no comparativo com maio (-6,5%) como ante o mesmo mês do ano passado (-7,8%). No sexto mês de 2013 foi exportado o equivalente a US$ 80,58 milhões. No acumulado do semestre, porém, o Brasil segue com saldo positivo de 1% em dólares e 8,7% em pares com relação ao mesmo período de 2012. Até junho de 2013 já foram exportados 60 milhões de pares que renderam US$ 536 milhões, números que eram de 55,2 milhões e US$ 531,4 milhões em 2012. No período, o incremento maior foi registrado nas exportações de calçados de materiais sintéticos, 6,8% em divisas (US$ 237,7 milhões), e 10,2% em pares (48,1 milhões). Já o embarque de produtos de couro caiu 6,3% em dólares (US$ 257 milhões) e 2,5% em pares (9 milhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), processados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Destinos
O principal destino segue sendo os Estados Unidos, para onde foram embarcados 5,1 milhões de pares que renderam US$ 85,9 milhões no semestre. Os números são 16,5% inferiores em dólares e 19,3% em volume no comparativo com o mesmo período do ano passado.

A Argentina, que aumentou suas importações de calçados brasileiros em 26,2% no semestre, alcançando US$ 54,3 milhões, segue no segundo posto entre os principais destinos. Os “hermanos”, que neste ano buscam calçados com maior valor agregado, compraram 2,5 milhões de pares, 4% menos do que em 2012.

No terceiro posto aparece a França, com a importação de 3,17 milhões de pares que renderam US$ 33,65 milhões, quedas de 12,2% e 30,8%, respectivamente. Logo em seguida aparece o Paraguai, que aumentou suas importações em 34%, pulando de US$ 21,1 milhões para US$ 28,2 milhões no período. Os importadores paraguaios compraram 8,2 milhões de pares contra 5,3 milhões em 2012 (aumento de 54,5%).

Origens
Respondendo por mais de 36% das divisas geradas com exportações de calçados no Brasil, o Rio Grande do Sul segue no topo entre as origens dos embarques. No semestre, os gaúchos exportaram 8,14 milhões de pares que geraram US$ 193,85 milhões, aumentos de 10,3% e 1,6%, respectivamente. O Ceará, com 24,2 milhões de pares embarcados, que renderam US$ 140 milhões, segue no segundo posto com incremento das exportações em pares (5,6%) e queda em divisas (-11,3%).

São Paulo segue a trajetória de alta nas exportações. De janeiro a junho deste ano os paulistas exportaram 4,4 milhões de pares, que geraram US$ 71,3 milhões, altas de 75% e 28,5%, respectivamente. Logo em seguida aparece a Paraíba, com embarque de 15 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 56 milhões. As quedas foram de 2% em pares e 3,6% em valores.

Importações em alta
Seguindo a tendência dos últimos anos, as importações de calçados registraram alta em junho. No mês passado, entraram no Brasil 3,16 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 47,6 milhões, altas de 10,7% e 7,6% com relação ao mesmo mês do ano passado. No comparativo com maio, o aumento é ainda maior, de 23,5% em dólares e 32,7% em pares.
No acumulado do ano, as exportações já registram aumento de 13,6% em dólares e 6,4% em pares. No semestre entraram no Brasil 20,6 milhões de pares, que equivalem a US$ 286,34 milhões.

As origens das importações seguem sendo Vietnã (US$ 153,5 milhões, alta de 15,6%), Indonésia (US$ 45,4 milhões, queda de 16,8%), China (US$ 34,4 milhões, queda de 2,6%) e Itália (US$ 9,5 milhões, aumento de 61,4%). Já a entrada de calçados desmontados (cabedais, solas, saltos, palmilhas, entre outros) teve uma queda de 11% em dólares (de US$ 53,2 milhões para US$ 47,3 milhões).

O resultado do período foi uma queda de 10,6% no saldo da balança comercial de calçados. No primeiro semestre o saldo foi de US$ 249,7 milhões.

Avaliação
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ainda é cedo para prognosticar o comportamento da balança comercial no corrente ano, em razão da volatilidade do câmbio. "Em que pese os esforços do governo federal em relação às desonerações, continuam crescentes as importações e, embora ainda com saldo positivo no semestre, registrou-se queda nos embarques no mês de junho isoladamente", avalia. Segundo o executivo, é importante observar que os benefícios da política de desoneração e a desvalorização da moeda brasileira, fatores que permitem uma melhor composição de preços, foram integralmente repassados aos compradores, de forma a alavancar os volumes dos embarques. (Abicalçados)



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