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Déficit comercial em produtos químicos soma US$ 22,8 bilhões nos últimos 12 meses
Recente aumento das importações é uma das principais preocupações do setor químico
O Brasil importou US$ 3,6 bilhões em produtos químicos no mês de agosto. O valor representa um significativo aumento de 24,8% em relação a julho deste ano e de 12,8% na comparação com agosto de 2015. Em termos de volumes importados, os aumentos foram ainda mais expressivos, de 33,6% em relação a julho e de 61,3% na comparação com agosto de 2015. Já as exportações, de US$ 1,1 bilhão em agosto, registraram elevação de 4,5% na comparação com julho e de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2015.
No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos totalizam US$ 22,6 bilhões, redução de 12,9% frente ao mesmo período de 2015. O volume de importações, entretanto, de 23,9 milhões de toneladas, foi 11,3% maior na mesma comparação. As exportações, por sua vez, alcançaram US$ 8,0 bilhões, valor 8,2% abaixo daquele registrado entre janeiro e agosto de 2015. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, chegou a US$ 14,6 bilhões, valor 15,3% inferior ao registrado em igual período de 2015. Nos últimos 12 meses (setembro de 2015 a agosto deste ano), o déficit comercial atingiu a marca de US$ 22,8 bilhões, valor próximo ao total de US$ 20,7 bilhões, registrado para o indicador no ano de 2010.
Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, os resultados agregados da balança comercial em produtos químicos traduzem o delicado momento por qual tem passado a indústria brasileira ao longo do ano e, em sua avaliação, a redução do déficit setorial somente será possível com a efetivação de investimentos produtivos relevantes. “Apesar da retração de 15,3% do déficit setorial, que totaliza US$ 14,6 bilhões no acumulado do ano, o aumento das importações em produtos químicos nos últimos meses é uma das principais preocupações nesse momento de possível reaquecimento da economia. Como a Abiquim tem reiteradamente enfatizado, a reversão do déficit setorial se dará exclusivamente com a efetivação de novos investimentos produtivos de significância e, para tanto, é imperativo que o Governo estabeleça medidas de fomento à competitividade da indústria e de estímulo à cultura exportadora, garantindo, respectivamente, a apropriação de ganhos econômicos no contexto de retomada do crescimento da economia brasileira e o acesso de maneira estruturada ao produto nacional no mercado internacional”, destaca Denise.
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