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Importações de produtos químicos somam US$ 29,2 bilhões até setembro
Medidas anunciadas pelo Governo para indústria química agravam cenário adverso do setor
O Brasil importou US$ 3,3 bilhões em produtos químicos no mês de setembro. O valor representa elevação de 3,8% em relação a agosto deste ano, mas forte queda de 23,0% na comparação com setembro de 2014. Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 621 milhões no mês. Já as exportações, de US$ 1,1 bilhão, em setembro, registraram aumento de 9,0% na comparação com agosto e redução de 12,9% em relação ao mesmo mês de 2014.
No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 29,2 bilhões, uma diminuição de 14,3% frente ao mesmo período de 2014, ao passo que as vendas externas alcançaram US$ 9,8 bilhões, valor 9,3% menor que o registrado entre janeiro e setembro de 2014. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até setembro, chegou a US$ 19,4 bilhões, representando uma diminuição de 16,6% em relação a igual período de 2013. Nos últimos 12 meses (outubro de 2014 a setembro deste ano), foi registrado déficit de US$ 27,3 bilhões e, em nenhum mês do ano corrente, os valores importados foram superiores a US$ 4 bilhões, fato verificado em muitos meses de 2014.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, os programas REINTEGRA e REIQ são decisivos para aliviar a forte pressão de custos sobre as empresas instaladas no Brasil, além de terem aumentado a potencial competitivo de exportação dos produtos químicos brasileiros no mercado internacional. Nesse contexto, as recentes medidas de ajustes anunciadas pelo Governo atingem em cheio a competitividade da indústria química brasileira e podem até mesmo levar ao fechamento de plantas produtivas no País, agravando o crônico déficit em produtos químicos. “O REIQ foi definido após amplo debate no Conselho de Competividade do Plano Brasil Maior, envolvendo diversos ministérios, BNDES, associações do setor, empresas e sindicatos dos trabalhadores, além de intenso debate no Congresso Nacional. É absolutamente imprescindível que todo o setor continue unido lutando junto ao Executivo e ao Legislativo pela manutenção das medidas tão duramente conquistadas pela indústria química, sobretudo em um momento econômico tão delicado e tendo em vista que as decisões de investimentos no setor são efetivadas com base em previsibilidade e segurança do ambiente de negócios no médio e longo prazos”, destaca Figueiredo.
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