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Déficit em produtos químicos soma US$ 12,5 bilhões no primeiro semestre de 2015
Cenário econômico interno e Plano Nacional de Exportações concentram atenção da indústria
As importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 18,9 bilhões, queda de 10,9% em relação a igual período de 2014. Em volume, as compras externas tiveram queda ainda mais acentuada, de 13,3%, registrando 15,7 milhões de toneladas. No mês de junho, especificamente, foram importados US$ 3,7 bilhões, aumento de 15,1% em relação ao valor registrado em maio e de 0,2% na comparação com o mês de junho de 2014.
As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, tiveram no mês de junho, uma queda de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,2 bilhão, mas um aumento de 12,9% em relação ao mês de maio. No agregado do primeiro semestre, as vendas externas somaram US$ 6,3 bilhões, queda de 7,5% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.
O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 12,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. Nos últimos 12 meses (jul/14 a jun/15), esse indicador alcançou o valor de US$ 29,1 bilhões, o que demonstra claramente os impactos da retração da atividade econômica nacional nos primeiros meses do ano na balança comercial de produtos químicos.
Os intermediários para fertilizantes, com importações da ordem de US$ 2,7 bilhões no semestre, continuando figurando como os produtos mais importados neste ano, apesar da redução de 15,6% em relação a igual período de 2014. Em volume, estes mesmos produtos atingiram 8,2 milhões de toneladas importadas até junho.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, os próximos meses serão bastantes desafiadores em termos econômicos e, nesse contexto, os resultados da balança comercial de produtos químicos até o final do ano serão acompanhados com particular atenção por toda a indústria de transformação. “A redução dos valores e volumes importados no primeiro semestre não se traduzem em ganhos de competitividade pela indústria doméstica. São, na verdade, sinais de um cenário econômico bastante delicado e da forte pressão cambial que marcou os primeiros meses do ano. Esperamos que o Plano Nacional de Exportações, recentemente lançado pelo Governo, fomente novos negócios e colabore na contenção do aumento do déficit em produtos químicos”, destaca Figueiredo.
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