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Demanda por resinas termoplásticas cresce 10,9% em 2013, enquanto importação tem alta de 20,7%
Crescimento registrado no ano passado recompõe um período de três anos de estagnação
A demanda interna do conjunto de resinas termoplásticas, medida pelo Consumo Aparente Nacional (CAN) – produção mais importação, excluindo as exportações –, registrou aumento expressivo de 10,9% em 2013, em relação a 2012, segundo levantamento da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), alcançando um volume de 6,5 milhões de toneladas. Do ponto de vista econômico, tal crescimento indica uma elasticidade superior a quatro em relação ao desempenho do PIB nacional do ano passado, o que também é bem superior à média histórica do segmento, que se situa ao redor de dois. Apesar de extremamente positivo, vale ressaltar que esse crescimento recompõe um período de três anos de estagnação, em que o CAN ficou em 5,8 milhões de toneladas, entre 2010 e 2012. Analisando-se todo o período, o CAN cresceu 3,6% a.a. de 2010 a 2013.
Em 2013, as importações tiveram alta de 20,7%, absorvendo a maior parte do crescimento de mercado. O volume de importações de 2013, de 1,8 milhão de toneladas, representou 27% da demanda nacional por resinas termoplásticas. De 2010 a 2013, as importações cresceram a uma velocidade de 7,4% a.a.. Como resultado, o déficit absoluto em toneladas cresceu 271,3% em 2013, passando de 174 mil toneladas em 2012 para 646 mil toneladas no ano passado. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, indica que “o ponto de maior preocupação reside no fato de que a taxa de crescimento do déficit na balança comercial de resinas termoplásticas, em volume, de 38,9% a.a. entre 2010 e 2013, subiu dez vezes mais rápido do que o crescimento da demanda interna”.
Nos últimos anos, as empresas brasileiras que atuam nesse segmento têm realizado importantes investimentos em elevação de capacidade instalada, não obstante as dificuldades do ambiente de competitividade nacional, bem como em pesquisa e inovação e no desenvolvimento de novas aplicações. Apesar desses esforços, a ociosidade tem se situado em um patamar considerado elevado para os padrões da indústria petroquímica mundial. A utilização média das instalações situou-se em 81% no ano de 2013, contra 80% no ano anterior. Ainda segundo Fátima, é possível constatar que o setor teria condições de atender praticamente a quase totalidade da demanda se reduzisse a atual ociosidade. A produção, neste cenário, registrou aumento de apenas 2,9% em 2013, sobre o ano anterior. Entre 2010 e 2013, a produção exibiu taxa de crescimento de apenas 1,5% a.a. (2,4 vezes inferior à taxa de elevação do CAN).
As vendas externas, por sua vez, também vêm acentuando queda e registraram redução de 13,1% em 2013, sobre o ano anterior, apesar da desvalorização do real em relação ao dólar. Em 2012, a queda foi de 3,0% em relação a 2011. Tais números também reforçam as dificuldades de competitividade. “A Abiquim espera que as medidas que vem sendo defendidas dentro do Conselho de Competitividade possam reverter essa situação, transformando as oportunidades de crescimento da demanda em elevação de produção, num primeiro momento, e novos investimentos, no futuro próximo”, ressalta a diretora.
Coplast
A Comissão de Resinas Termoplásticas da Abiquim (Coplast) trata dos assuntos do conjunto dos polietilenos (PEAD, PEBD e PEBDL), polipropileno, poliestireno, policloreto de vinila, EVA e PET (grau garrafa). O grupo foi criado em 1993, com o objetivo de buscar contínua participação das empresas produtoras de resinas termoplásticas na economia brasileira, dentro de padrões aceitos pela comunidade em geral, pelas entidades ambientalistas e pelos setores públicos, preservando seus objetivos empresariais de atuação competitiva, prioritariamente no mercado nacional e, também, no internacional.
Para mais informações, acesse:
http://www.abiquim.org.br/comissao/setorial/resinas-termoplasticas-coplast/sobre-a-comissao
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