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SGP SOLAR desenvolve projeto de energia solar para Shopping Leblon


Com a evolução dos sistemas de geração solar e as dificuldades do país em relação ao abastecimento energético, cada vez mais grupos têm se interessado pelos projetos de autogeração, sejam indústrias, estádios ou centros comerciais. A SGP Solar, que desenvolve estudos e projetos na área, além de fazer a instalação e até entrar com investimentos em alguns casos, acaba de fechar um novo contrato no setor, agora com o Shopping Leblon (RJ), para um sistema com capacidade de 1 MW, que ficará sobre o estacionamento do centro comercial. O modelo de negócios escolhido para o projeto (Power Purchase Agreement – PPA ), comum na Europa e nos Estados Unidos, ainda é pouco utilizado no Brasil. No PPA, quem arca com os custos dos equipamentos e da instalação são investidores, enquanto o cliente final se compromete apenas a comprar a energia gerada, que tem um custo de 10% a 15% menor que o da rede. O diretor da SGP, Bernardo Scudiere, contou que já estão negociando projetos parecidos com outros interessados e que o sistema deve começar a gerar no primeiro semestre de 2015. Além disso, a SGP, que também forneceu um projeto de geração solar para o Hospital Pró-Caríaco, passou a contar com novos investidores recentemente, incluindo o empresário Werner Batista, que chegou com a missão de captar investimentos internacionais para os projetos.

Como será o projeto?
Serão painéis fotovoltaicos instalados sobre o estacionamento do Shopping Leblon, no último andar. Estamos estruturando a captação do financiamento para começar o desenvolvimento.

Qual será a capacidade?
De 1 MW. O shopping como um todo tem uma demanda de 3 MW, então vamos atender a cerca de 30%. Vamos atender principalmente à área comum.

Quando deve começar a gerar?
Estamos estruturando a captação, e o financiamento deve sair em três meses. Depois vamos estruturar a área financeira e devemos construir este ano, em um período de seis a nove meses, para iniciar a geração. Então, antes do meio do ano que vem já deve estar gerando.

Como é o modelo do contrato?
É um contrato de 15 anos, chamado PPA (Power Purchase Agreement), em que nós levamos investidores, instalamos os painéis, e o shopping só compra a energia gerada ali. Além disso, por um preço mais barato do que ele paga para a rede. Então não tem risco de instalação, não tem risco de gerenciamento e não tem risco de performance. Esse risco é todo nosso e dos investidores.

É um modelo novo por aqui?
O Brasil ainda não tem muita cultura de financiar a longo prazo, porque são contratos de 15 anos, 20 anos. Lá fora, isso é muito comum. Nos Estados Unidos e na Europa, de 85% a 90% dos projetos solares são feitos a partir de PPAs. Então estamos trabalhando com o IFC, braço do Banco Mundial, para que ele entre com a parte de dívida, com uma boa taxa.

Qual o investimento previsto?
São cerca de R$ 8 milhões investidos nesse projeto. Os grupos comerciais e industriais grandes vão priorizar um volume de investimentos como esse para o core business (áreas essenciais) deles. Por isso o PPA é uma opção bem interessante.

Qual a diferença de preço em relação à energia vendida pela rede?
A gente vende sempre a cerca de 10%, 15% a menos do que o preço que os clientes pagam para a concessionária, dependendo do que está incluído no projeto.

Esse tipo de projeto pode ser uma solução complementar aos problemas de abastecimento do país?
A partir do momento em que o comércio e a indústria passam a ser um autogerador de uma parte, gerando de 20% a 30%, eles minimizam os riscos de racionamento. Se houver racionamento, eles não são afetados, porque geralmente o que acontece nessas situações é uma redução de 20% a 30% no fornecimento de energia por parte da rede.

Tem outras negociações em curso no Rio?
Temos com o hospital das Américas, da Amil, na Barra, com quem também estamos na fase de captação. Será um sistema de 500 kW.

Existem estudos para ampliar o foco também para o setor residencial?
Nosso foco por enquanto é nos segmentos comercial e industrial, mas pensamos em estruturar um atendimento ao setor residencial no futuro. (Petronotícias)

 



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