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Vendas internas de produtos químicos crescem 9,2% nos dois últimos meses
MP 613 tem até 4 de setembro para ser convertida em Lei e manter o fôlego do setor
A melhora na demanda puxou as vendas internas para cima no bimestre junho-julho e elevou o índice de produção do País. A Medida Provisória 613 – que pode ser convertida em Lei até 4 de setembro – e a valorização do dólar em relação ao real trouxe ganho de competitividade para o setor químico. O índice de quantum das vendas internas dos produtos químicos de uso industrial registrou aumento de 2,46% em julho, em relação ao mês anterior. Com a alta de 6,55% em junho, as vendas internas acumularam aumento de 9,2% no bimestre junho-julho. O índice de produção subiu 2,37% em julho, possibilitando a alta na utilização da capacidade instalada de 81% para o patamar de 83%. Destaca-se a utilização da capacidade instalada dos produtos petroquímicos básicos, primeiro elo beneficiado pela MP 613, que ficou em 90% em julho, melhor taxa deste ano.
De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, os números confirmam os bons efeitos causados pela Medida Provisória. “A desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas começa a trazer impactos positivos ao setor, comprovando a necessidade da urgente conversão da MP em Lei”, argumenta.
O aumento da competitividade da indústria química nacional também é percebido na alta de 15,24% do volume exportado em julho de 2013, sobre o mês anterior. Todavia, em igual período, o volume importado teve elevação de 8,99%. O consumo aparente nacional (produção mais importação menos exportação), que mede a demanda brasileira por produtos químicos, registrou crescimento de 3,9% em julho em relação a junho. Na opinião de Fátima Giovanna, o primeiro passo para ajudar a melhorar os resultados da balança comercial dos produtos químicos – cujo déficit superou os US$ 31 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em julho – é reduzir a ociosidade. “O índice de utilização da capacidade instalada melhorou, mas ainda há espaço para crescer entre 10 e 13 pontos”, afirma.
Em termos de volume, no acumulado de janeiro a julho deste ano, sobre igual período de 2012, o segmento vem exibindo aumentos consistentes. A produção cresceu 1,87% e as vendas internas registraram alta de 3,25% nos sete primeiros meses de 2013. No mesmo período, o consumo aparente nacional apresentou elevação de 9,1%, quase cinco vezes mais do que a taxa de aumento da produção, na mesma comparação. O volume de importações cresceu 27,4% de janeiro a julho deste ano sobre igual período do ano passado, destacando-se os intermediários para fertilizantes (alta de 37,9%, sendo que a ureia, produto mais expressivo do grupo, apresentou elevação de 57,4% em volume no período), os petroquímicos básicos (aumento de 28,5%, sobretudo metanol, cujas importações cresceram 22,7%) e as resinas termoplásticas (alta de 23,7%, notadamente polietilenos, que registraram elevação de 24,7%).
Nesse aspecto, Fátima Giovanna adverte sobre a
necessidade urgente de adoção de uma política para o gás natural utilizado como matéria-prima. “A solução dessa questão reduzirá a ociosidade atual, além de possibilitar a atração por novos investimentos, que também impactarão para a melhora no saldo da balança comercial no médio e longo prazo”, conclui.
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