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Fábrica no Brasil ajudaria a não perder clientes, diz diretor da Jaguar Land Rover

Diante da tributação maior aos carros importados criada pelo regime automotivo, a marca de luxo Jaguar Land Rover estuda formas de manter o crescimento dos últimos anos no país. Há mais de um ano trabalha em um plano para iniciar produção no país, o que a ajudaria a pagar alíquotas menores.

Para o diretor-executivo do grupo, Mike Wright, responsável pela estratégia de crescimento no mundo, a fábrica seria uma operação pequena como alternativa para evitar a perda de clientes no país.

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"Experimentamos bons anos de negócios no Brasil, conquistamos milhares de clientes e se as regras mudaram de tal forma que, se não produzirmos vamos perder clientes, então teremos que produzir", diz.

O executivo prevê para breve uma decisão sobre o tema, mas garante que a aprovação do projeto depende do plano de negócios que está sendo elaborado.

Veja trecho da entrevista concedida no Salão do Automóvel de Frankfurt.

BRASIL

O consumidor brasileiro entende muito bem o mercado automotivo. Essa é uma das razões pelas quais a fatia do país está crescendo na marca. Acho que podemos crescer mais (no país). Estamos investindo em mais concessionárias.

A grande questão sem resposta, que nenhum de nós consegue responder, é quanto tempo a economia brasileira vai ficar razoavelmente em efervescência. É uma coisa que eu não consigo responder. Estamos planejando para que continue crescendo.

TURBULÊNCIA

Por natureza, reconhecemos que os mercados emergentes podem ser, não sempre, mais voláteis. Mas então você tem que olhar o mundo desde 2008, e não há um mercado sequer que não tenha enfrentado volatilidade.

CÂMBIO

Preocupação provavelmente é uma palavra muito forte. Olhamos o câmbio o tempo todo, então ninguém pode prever o que vai acontecer. O que podemos fazer é ter certeza que lidamos com fatos e não com especulações.

FÁBRICA

Experimentamos bons anos de negócios no Brasil, conquistamos milhares de clientes e se as regras mudaram a tal ponto que, se não produzirmos, vamos perder clientes, então teremos que produzir.

Não é segredo que estamos negociando. Tivemos conversas muito positivas com o governo federal e estamos falando com um número de Estados, mas francamente dependerá do plano de negócios. E o plano de negócios depende de vários fatores e claramente o câmbio é um deles, mas não único. Temos que avaliar a capacidade dos nossos fornecedores.

Acho que tomaremos a decisão rapidamente, mas no momento estamos muito ativos no trabalho de analisar o plano de negócios.

FÁBRICA PEQUENA

Se estivesse no Reino Unido, definitivamente teria uma operação pequena assim. Mas o Reino Unido, não é o Brasil. O Brasil tem suas próprias considerações e seus fatos, como sistemas fiscal e legislativo complexos.

Se uma fábrica pequena atender nossos clientes no Brasil e se atendermos todas as condições federais e estaduais, então por que não faríamos?

HÍBRIDOS E ELÉTRICOS

Se não tivesse demanda, não teríamos (desenvolvido). Mas os motores movidos só à combustão vão sobreviver por um bom tempo. Se (o híbrido) vai pegar no Brasil tão rápido como na Europa? Acho que vai demorar mais tempo, mas o mercado brasileiro já adotou outras tecnologias muito rápido. (Folha)



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