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Boas perspectivas da indústria do plástico em 2013
Em 2013, a indústria brasileira de transformação do plástico espera aumento em sua produção física de 1%. O faturamento deverá ser 6,6% maior, o que significará um incremento real de 1,4%. Também devemos expandir em 3% o nosso número de postos de trabalho, e manter o mesmo patamar de investimentos observados em 2012, algo em torno de R$ 2 bilhões. Com base nas estimativas macroeconômicas de uma expansão do PIB em torno de 3%, projetamos um aumento de 1% na demanda por automóveis, de 4% na indústria da construção civil (com obras de infraestrutura e o programa Minha Casa Minha Vida) e uma alta de 5% na produção de alimentos. Cabe observar que a melhoria de vida de parte expressiva da população, que hoje sai das camadas pobres para fazer parte da classe média, afeta positivamente a demanda por embalagens. Tudo isso deverá refletir positivamente no setor do plástico.
Os dados preliminares relativos à FEIPLASTIC - Feira Internacional do Plástico , considerada o maior espaço na América Latina para apresentação de tendências, demonstração de lançamentos do setor e geração de negócios, corroboram as expectativas positivas para 2013. De 20 a 24 de maio, no Pavilhão das Exposições do Anhembi, em São Paulo, deverão ser expostas 1.400 marcas nacionais e internacionais, e o número esperado de visitantes/compradores é de 70 mil pessoas. Apesar de todas essas perspectivas positivas, ainda são muitas as adversidades que precisam ser vencidas, em especial no resgate da competitividade do setor, assim como de toda a indústria de transformação brasileira. Tais desafios são evidentes no relatório Desempenho 2012 / Expectativas para 2013. Elaborado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), apresenta dados importantes para que analisemos gargalos e planejemos as melhores estratégias para solucioná-los.
Mas também nos salta aos olhos como nossa competitividade é prejudicada pelo custo Brasil. Em 2012, exportamos US$ 1,34 bilhão, 12% a menos do que em 2011, quando vendemos US$ 1,51 bilhão ao exterior. Ao mesmo tempo, nossas importações de plásticos transformados tiveram um aumento de 6%, indo dos US$ 3,39 bilhões, em 2011, para US$ 3,59 bilhões. Ou seja, o Brasil vendeu muito menos e comprou muito mais. Em toneladas, importamos 708 mil em 2012, 7% a mais do que as 660 toneladas do ano anterior. E fornecemos 11% menos ao mercado internacional: 238,5 toneladas em 2012, contra as 267,8 toneladas de 2011. Diante desse cenário, foi inevitável que a balança comercial de transformados plásticos terminasse deficitária. Estamos R$ 4,4 bilhões negativos, 45% a mais do que os R$ 3,03 bilhões de 2011. A indústria brasileira é forte e guerreira, mas não pode prescindir da atenção das autoridades no sentido de se delinearem políticas públicas que a fortaleçam, como a redução de impostos, câmbio mais realista, juros baixos, crédito disponível para investimentos e mais segurança jurídica. Também não se pode dar proteção a um segmento em detrimento de outros. O governo, na boa intenção de proteger a manufatura nacional, aumentou a alíquota de importação de algumas resinas termoplásticas. Isso favoreceu o produtor interno e afetou negativamente os demais elos da cadeia.
É fundamental resgatar a competitividade da indústria, que, conforme demonstra o setor de transformados plásticos, fomenta a tecnologia, gera grande quantidade de empregos, inclui produtos e bens de alto valor agregado à pauta de exportações, estimula o registro de patentes e contribui muito para o crescimento mais expressivo do PIB e o desenvolvimento.
*José Ricardo Roriz Coelho é presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast).(Abiplast)
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