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Com 22 mil pessoas empregadas, reciclagem tem amplo fôlego para o crescimento no Brasil


Segundo especialista, país descarta 2,6 milhões de toneladas de plástico, mas recicla somente 736 mil toneladas do material.

No segundo dia da Conferência FEIPLASTIC, a sustentabilidade foi protagonista. Em sua palestra, a consultora Solange Stumpf deixou claro o espaço de crescimento da reciclagem de plástico no Brasil. “Metade do plástico consumido no País é de vida curta, e podemos reciclar muito mais. Descartamos 2,6 milhões de toneladas e reciclamos somente 736 mil toneladas, predominantemente através da reciclagem mecânica. Das 815 empresas existentes, 324 localizam-se no Estado de São Paulo. “No Sul do Brasil, entretanto, a coleta seletiva é mais estruturada”, considera a especialista da Maxiquim. 

“Entre os anos que a pesquisa compreende – de 2003 a 2011 – observamos uma estabilidade na capacidade ociosa das empresas de reciclagem. Esse número permaneceu entre 37% e 33%. Se na indústria de transformação esse coeficiente é fatal, para a reciclagem é normal, e somente significa que temos muito fôlego para fortalecer a atividade no País”. Em tempo, o país campeão em reciclagem é a Suécia, que tem uma taxa de 35% de todo plástico descartado transformado em novos produtos. O Brasil tem uma eficiência atual de 24,7%.

A geração de empregos no setor de reciclagem também foi apresentada. Entre 2010 e 2011, o número de trabalhadores saltou de 18.288 para 22.705. O faturamento geral em 2011, último ano com informações disponíveis, foi de R$ 2,39 milhões, aumento de 22% em relação a 2010, ano que fechou em R$ 1,9 milhão. Em relação à indústria de reciclagem mecânica, o Sudeste representa 55,5% do total, o Sul é 27,7% da atividade e o Nordeste, 9,9%. Stumpf também apresentou os destinos mais comuns dos materiais produzidos com matéria-prima reciclada no Brasil. A indústria de bens de consumo não duráveis e semiduráveis é a maior absorvedora do material, representando 41%. A construção civil figura em segundo lugar, com 16%. Agropecuária e indústria são 15%. Em 2003 as empresas recicladoras eram 492, depois de sete anos, em 2011, o número havia saltado para 815. “O dinamismo é muito grande entre essas empresas de micro e pequeno porte, e muitas abrem e fecham, todo ano”. A informalidade é fator que dificulta estimativa, pois somente 22% de todas as empresas do segmento, no Brasil, têm CNPJ.



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